Para que Tanta Brincadeira ?

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Como Organizar e Acompanhar Brinquedos e Brincadeiras

I – Para que tanta brincadeira?

“As praças da cidade estarão cheias de meninos e meninas a brincar pelas ruas”.Zc 8,5

Esta citação pode parecer um sonho nos dias de hoje, mas é preciso sonhar para concretizar a vontade de ver crianças brincando muito e juntas. Esse sonho e essa vontade nos guiam porque sabemos que o brincar é uma das atividades fundamentais para que a criança se desenvolva. Essa afirmação vem sendo confirmada, cada vez mais, pelos estudos sobre o desenvolvimento infantil. A criança brinca por necessidade e, ao brincar, aprimora seus sentidos; vai conhecendo como são e para que servem os objetos; desenvolve sua linguagem e seu pensamento; aprende e compreende as atividades, os costumes dos adultos, as relações entre as pessoas.

Por sua importância para o desenvolvimento da criança o brincar está assegurado como um direito no artigo 16 do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA. A defesa desse direito é necessária devido às transformações na sociedade, principalmente nas grandes cidades, as quais dificultam que as crianças tenham melhores oportunidades de brincar. Vemos, por exemplo:

  • a diminuição de espaços públicos de lazer e a insegurança nas ruas que impedem o brincar nas calçadas, praças e parques;
  • as moradias das famílias pobres, cada vez menores e com precárias condições de habitação;
  • a televisão ocupando um tempo cada vez maior nas atividades das crianças;
  • a necessidade dos pais de se ausentarem para o trabalho por longos períodos, prejudicando o convívio e as brincadeiras com seus filhos.

Sendo assim, a Pastoral da Criança valoriza e incentiva a “Ação Brinquedos e Brincadeiras” para alcançar seu propósito de garantir vida plena para as crianças.

A “Ação Brinquedos e Brincadeiras” tem como objetivo aumentar o interesse pelo brincar e pelas atividades de lazer nas comunidades apoiando as famílias na criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento de suas crianças.

E para isso pretende:

  • promover a defesa do direito da criança de brincar, pois isso é uma necessidade para o desenvolvimento infantil;
  • estimular o brincar que dá oportunidade à criança de escolher livremente o que quer fazer; de brincar pelo brincar e não para responder a um pedido, ordem ou objetivo do adulto;
  • criar oportunidades para o resgate de brinquedos, brincadeiras, contos, danças, cantigas e músicas característicos das diferentes regiões do país, abrindo espaço para que as gerações mais velhas interajam com as mais novas, transmitindo seus valores e sua cultura;
  • oferecer aos pais e às famílias a oportunidade de partilhar com suas crianças experiências lúdicas, reforçando assim a criação de laços entre as gerações;
  • defender a criação de espaços nas comunidades, como praças e parques seguros e limpos, para as crianças brincarem juntas e ao ar livre.

Para alcançar esses objetivos, a Pastoral da Criança prepara brinquedistas para atuar nas comunidades que vão propor atividades como organizar os “Cantinhos do Brincar” durante o Dia da Celebração da Vida ou nos dias de reunião com as famílias; realizar as oficinas de construção de brinquedos, defender o brincar junto à família e pessoas da comunidade e muitas outras atividades que eles podem fazer com apoio dos líderes e das famílias.

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