Passo a passo, vamos brincar

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Como Organizar e Acompanhar Brinquedos e Brincadeiras

II – Passo a passo, vamos brincar

Para entendermos melhor como funciona a “Ação Brinquedos e Brincadeiras” vamos rever como começa o trabalho da Pastoral da Criança nas comunidades. Ele se inicia com a capacitação no Guia do Líder para implantação de ações básicas de saúde, educação e cidadania. Quando essas ações já estão consolidadas, vão sendo implantadas outras, chamadas ações complementares, pois completam a atuação da Pastoral na comunidade. Brinquedos e Brincadeiras é uma das ações complementares.

Para a implantação da “Ação Brinquedos e Brincadeiras”, como para qualquer outra ação da Pastoral, é necessário que existam nas equipes de estado, setor e ramo, pessoas capacitadas e encarregadas de realizar e acompanhar as atividades previstas. As informações para as capacitações de multiplicadores e capacitadores encontram-se no Anexo 1. Vamos ver agora, passo a passo, como essa ação é implantada e acompanhada nas comunidades e, no próximo capítulo, como é feita a capacitação de brinquedistas.

1º passo – Sensibilização da comunidade

Cabe ao coordenador de ramo verificar as comunidades que têm as ações básicas da Pastoral da Criança já consolidadas para que possam participar da “Ação Brinquedos e Brincadeiras”.

Em reuniões com a comunidade, o coordenador de ramo e o capacitador de brinquedistas apresentam a proposta da “Ação Brinquedos e Brincadeiras”, explicam seus objetivos procurando sensibilizar líderes e pessoas para apoiar o desenvolvimento da ação. Devem ser também bem explicados o compromisso e as atividades do brinquedista que estão colocados no 3º passo.

2º passo – Identificação e capacitação dos brinquedistas

A partir dessas reuniões de sensibilização é possível identificar líderes e pessoas que queiram assumir o trabalho voluntário como brinquedistas. Nessa escolha deverá ser dada preferência às pessoas que gostem e tenham facilidade de se relacionar e brincar com crianças. É necessário também que elas tenham conhecimento das atividades que deverão realizar, as quais estão detalhadas no 3º passo, para que possam assumir o compromisso e a responsabilidade que se espera de um brinquedista na Pastoral da Criança. Está previsto que para cada 50 crianças de uma comunidade, haja um (1) brinquedista capacitado.

Para atuar como brinquedista, a pessoa, que pode ou não ser líder da Pastoral, e tanto pertencer ao sexo feminino como ao masculino, precisará atender os seguintes requisitos:

  • morar na comunidade;
  • ter no mínimo 18 anos e 1º grau completo;
  • ter sido capacitado nas Ações Básicas da Pastoral da Criança, por meio do Guia do Líder;
  • ser capacitado como brinquedista pela Pastoral da Criança;
  • comprometer-se a atuar voluntariamente como brinquedista durante um período mínimo de 12 meses.

O não cumprimento dos dois primeiros requisitos citados (moradia, idade e escolaridade) só poderá ocorrer a partir da solicitação da coordenadora de ramo, que deverá justificar seu pedido, e mandar anexado à ficha de inscrição do brinquedista. No caso de adolescentes muito novos (11, 12, 13 anos mais ou menos), temos observado que, mesmo que brinquem com as crianças no Dia da Celebração da Vida, não assumem o papel e as atribuições de um brinquedista. Esses adolescentes podem ser os brincadores e ajudar o brinquedista nas brincadeiras com as crianças nesse dia, formando a equipe de apoio da comunidade à “Ação Brinquedos e Brincadeiras”. Depois, quando se mostrarem aptos a assumir todas as atribuições de um brinquedista, serão devidamente capacitados para atuarem como brinquedistas da comunidade.

Depois de escolhidas as pessoas, o coordenador de ramo, com o apoio do coordenador de setor e do capacitador, organizará uma capacitação para preparar os brinquedistas, com até 15 participantes. Esta relação do número de participantes é necessária, a fim de facilitar a participação e o bom aproveitamento de todos. É importante que o coordenador de ramo faça uma capacitação completa de brinquedista para que saiba como a “Ação Brinquedos e Brincadeiras” será desenvolvida nas comunidades, já que ele é o encarregado de seu acompanhamento.

Os dados dos participantes e informações da capacitação deverão ser incluídos pelo capacitador no e-Turmas do sistema de informação.

Os estudos são feitos pelo appVisita Domiciliar e Nutrição, com o uso do e-Brinquedos e Brincadeiras. Antes de iniciar a capacitação, é importante que todos os participantes tenham o aplicativo e a e-Capacitação e saibam os passos como a realização dos estudos, avaliações e sincronização, que devem ser feitos antes dos encontros virtuais para tirar dúvidas com o capacitador. Esses passos são necessários para que os participantes compreendam a ação e suas atribuições e possam receber seus certificados, ao mesmo tempo em que os estudos ficam cadastrados no Sistema de Informação da Pastoral da Criança.

3º passo – Atividades do brinquedista na comunidade

Depois de participar da capacitação, o brinquedista deverá realizar, mensalmente, as atividades da “Ação Brinquedos e Brincadeiras” na sua comunidade.

A atuação do brinquedista pode se dar pela realização de atividades variadas como:

  • criação dos “Cantinhos do brincar” no dia da Celebração da Vida e nas reuniões e cursos com pais e familiares;
  • realização de oficinas para construção e reparo de brinquedos, com a participação das famílias, dos líderes, e de outras pessoas da comunidade;
  • preparação de adolescentes e pessoas mais velhas para se tornarem brincadores e poderem ajudar no Dia da Celebração da Vida brincando com as crianças e com os bebês, contando histórias e, também, nas oficinas de confecção de brinquedos;
  • promoção de manhãs ou tardes de lazer, envolvendo também idosos, adultos, jovens em atividades lúdicas, resgate de brincadeiras, músicas e danças da região;
  • participação nas Reuniões para Reflexão e Avaliação mensais junto com os líderes;
  • participação em reuniões comunitárias, junto com os líderes, para defender propostas para promover o brincar na comunidade como criar praças ou outros espaços para a brincadeira;
  • acompanhamento dos líderes em algumas visitas domiciliares, quando for considerado necessário.

Para organizar e animar os momentos de brincadeiras com as crianças, o brinquedista pode usar o e-Brinquedos e Brincadeiras e incentivar que as famílias e líderes conheçam e baixem em seus celulares, uma vez que é disponível a todos e traz textos para estudo, sugestões de várias brincadeiras, cantigas de roda, sugestões para confecção de brinquedos sucata, entre outros temas.

4º passo – Acompanhamento da ação

Para um bom trabalho na “Ação Brinquedos e Brincadeiras” é indispensável que brinquedistas e líderes sempre mantenham contato, ou seja, que o brinquedista faça realmente parte da equipe da Pastoral na comunidade. Assim, toda a equipe estará envolvida com o brincar e poderá defender com mais segurança, junto às famílias e à comunidade, sua importância para o desenvolvimento das crianças.

As atividades propostas pelo brinquedista precisam ser planejadas e realizadas com o conhecimento dos líderes, que participarão delas sempre que possível. Na Reunião para Reflexão e Avaliação essas atividades serão anotadas no verso da FABS nas perguntas de número 29 e 30, onde deverá ser colocado o nome completo do(s) brinquedista(s), o número do seu certificado e, marcadas com um X, as atividades realizadas. Assim ficam registrados indicadores para permitir o acompanhamento da ação por todos os níveis de coordenação e também a atuação do brinquedista na história da Pastoral da Criança. Em breve também poderão ser anotadas no aplicativo.

A atuação dos brinquedistas pode ser verificada no sistema de informações pelo seguinte caminho: Relatório > Extrato de indicadores > consulta > escolher abrangência: no quadro que aparece escolher > todas as comunidades; assinalar > indicadores de um formulário; escolher > período; no formulário assinalar > 12 (no lugar do 9).

O acompanhamento da ação será realizado pelo coordenador de ramo, que é responsável por acompanhar todas as outras ações desenvolvidas pela Pastoral da Criança nas comunidades para que possa ter uma visão global do trabalho.

Esse acompanhamento poderá ser feito:

  • através da FABS, que também permite o acompanhamento por todos os níveis de coordenação;
  • quando da visita do coordenador de ramo à comunidade, animando e promovendo a troca de experiências entre os brinquedistas e os líderes;
  • de outras formas que o coordenador de ramo, brinquedistas e líderes vejam que poderão ajudar a garantir uma boa maneira de animar e acompanhar o desenvolvimento das atividades nas comunidades.
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