Dicas 43

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Anotação de casos de mortes nas FABS Março/2008 

Dicas nº 43

Dicas 43 Anexo WEB.pdf

Para acessar o arquivo em PDF, no site da Pastoral da Criança, clique aqui

Conteúdo

  1. POR QUE ANOTAR NA FABS AS HISTÓRIAS DE MORTE DAS CRIANÇAS?
  2. COMO PREENCHER OS DADOS DE MORTE NA FABS 2007 (preta)?
  3. SOMANDO ESFORÇOS PARA MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA

A mortalidade infantil é calculada pelo número de crianças com até um ano de idade que morrem, sobre o total de crianças nascidas vivas, no período de um ano.

Esse é um dos indicadores de saúde mais importantes na análise da qualidade de vida de uma população, pois a morte de crianças com menos de um ano de idade é diretamente influenciada pelas condições de pré-natal, gravidez, história e idade da mãe, prematuridade, baixo peso ao nascer e outras.

Na Pastoral da Criança, os casos de mortes das crianças acompanhadas são anotados nas FABS e usados como importante fonte de informação e planejamento de ações para ajudar no combate à Mortalidade Infantil.

Reúna sua equipe para estudar esse DICAS e conversar sobre como esses dados podem ser melhor anotados nas FABS.

POR QUE ANOTAR NA FABS AS HISTÓRIAS DE MORTE DAS CRIANÇAS?

Através das FABS, a Pastoral da Criança reúne os dados informados pelos líderes do país inteiro sobre as mortes de crianças acompanhadas. Depois, classifica por causa de morte e calcula quantas de nossas crianças morreram no ano.

Com isso podemos VER do que morrem nossas crianças, refletir sobre meios para tentar evitar essas mortes (JULGAR) e planejar a partir disso um AGIR que ajude as pessoas a ter mais consciência sobre os problemas vivenciados na comunidade.

E depois de conseguirmos resultados que melhorem a qualidade de vida das famílias da comunidade, é hora de AVALIAR e CELEBRAR essas conquistas.

COMO PREENCHER OS DADOS DE MORTE NA FABS 2007 (preta)?

Na pergunta 29 da FABS deve ser anotado o número de crianças com menos de um ano que morreram no mês.

Na pergunta 30 da FABS deve ser anotado o número de crianças maiores de um ano que morreram no mês.

No campo 35, anotam-se os seguintes dados:

• Nome da Criança: Se não tinha nome ainda, preencha com a palavra “recém-nascido”.

• Nome da mãe da criança: coloque o nome da mãe.

• Data de nascimento: ........./.........../........ (anote a data que a criança nasceu)

• Data do óbito: ........./........../........... (anote a data que a criança morreu)

A  data do óbito é importante para identificar a idade que a criança tinha ao morrer. Assim podemos classificar essa morte de acordo com os critérios de Mortalidade Infantil usados em todo o mundo. Se este dado não for anotado, esta morte não será contada no cálculo de mortalidade. Para evitar isso, se a data do óbito não vem anotada na FABS, na Coordenação Nacional é anotada a data referente ao 1º dia do mês da FABS. Esta FABS retorna para a comunidade para que seja verificada a data correta da morte e deve ser enviada novamente para Curitiba para correção no sistema.

• Causa da morte: escreva o que causou a morte.

• História da morte: faça um breve relato sobre como a criança ficou doente e o que causou sua morte.

• Durante a doença, a criança teve assistência médica? ( ) Não ( )Sim

Este dado ajuda a sabermos como está o acesso ao serviço de saúde.

• Esta criança foi acompanhada pela Pastoral da Criança desde:

( ) a gestação. A gestante foi acompanhada por............... meses.

( ) somente depois do nascimento, a partir dos............... meses.

Este dado nos ajuda a saber se estamos conseguindo buscar as gestantes e crianças menores de 1 ano, pois são nestes períodos que os líderes podem fazer alguma diferença na saúde e na vida da família e ajudar a melhorar a qualidade de vida das crianças.

Caso o acompanhamento tenha início logo após o nascimento, preencher o campo dos meses com o número 1.

Se a criança morrer ainda na barriga da mãe, qualquer que seja o mês de gestação, esta morte não entra na taxa de mortalidade infantil. Ela é enviada para outro arquivo chamado óbitos fetais/natimortos. Neste caso deve ser escrito o número ZERO nas perguntas 27 e 29 da FABS 2007 e informado no verso da FABS, no campo 35, o que ocorreu.

No campo 36 é anotada a morte de gestante ou de mães até 42 dias após o parto.

Isso se chama Morte Materna.

A morte materna é um indicador da qualidade de assistência pré-natal. As maiores causas de morte materna são:

• ECLÂMPSIA

• INFECÇÕES

• HEMORRAGIAS (sangramento)

Todas essas causas podem ser controladas com pré-natal de boa qualidade e assistência adequada no parto e no pós-parto.

SOMANDO ESFORÇOS PARA MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA

Os indicadores de mortalidade infantil falam por si, mas o caminho para se atingir a redução do número de mortes depende de muitos e variados meios, recursos, políticas e programas - dirigidos não só às crianças, mas também às suas famílias e comunidades.

O líder da Pastoral da Criança contribui para a diminuição da mortalidade infantil quando:

• Dá prioridade ao acompanhamento de gestantes e de crianças menores de um ano;

• Incentiva o pré-natal e o aleitamento materno nas visitas domiciliares;

• Conversa sobre alimentação saudável com as gestantes e famílias acompanhadas;

• Estimula a solidariedade e a paz na família;

• Orienta quanto aos cuidados com higiene, vacinas e sinais de perigo para a saúde;

• Ouve o que as pessoas têm a dizer, sem criticar ou julgar;

• Ajuda as famílias a refletirem sobre a situação e os fatos ocorridos, aproveitando o dia da Celebação da Vida e, principalmente, as Visitas Domiciliares mensais;

• Anota a ocorrência de morte de criança acompanhada na FABS.

Outra estratégia para ajudar a ampliar esta rede de proteção à criança na busca por maior qualidade de vida, está na atuação do ARTICULADOR da Pastoral da Criança.

A atuação deste Articulador junto ao conselho municipal ou local de Saúde é considerada uma ação complementar muito importante do trabalho da Pastoral da Criança, pois ele tem a função de ser ”ponte” entre os conselhos de saúde e as necessidades da comunidade.

As ações básicas de saúde, educação e cidadania realizadas pelos líderes junto às famílias, quando somadas com boas políticas públicas, o trabalho dos agentes comunitários de saúde e de outras entidades locais, contribuem para o desenvolvimento infantil e proporcionam a diminuição tanto na mortalidade infantil quanto do adoecimento de nossas crianças. Isso é o Controle Social!

Incentive as pessoas da sua comunidade a participarem do Controle Social e também estimule a formação de um articulador no seu município!

Quando o município tem um articulador, a história de morte de criança acompanhada deve ser relatada também por ele na FACS (Folha de Acompanhamento do Controle Social).

Apesar da Mortalidade Infantil no Brasil apresentar queda nos últimos anos, ainda há muito a fazer para garantir acesso a informação, educação e atendimento de saúde com qualidade!

“Quem é sábio, é forte; A pessoa instruída tem o vigor redobrado”

(Provérbios 24, 5)

Bom trabalho a todos!!!

Sonia Beatriz Scharam

Clóvis Boufleur

Mônica Flügel Hill

Assessores da Pastoral da Criança

DICAS é um informativo técnico dirigido às Equipes de Coordenação da Pastoral da Criança. Se tiver alguma sugestão de tema ou dúvida, escreva para: Coordenação Nacional da Pastoral da Criança Rua Jacarezinho, 1691 • Curitiba - PR • 80810-900 Fone: (41) 2105 0250 • Fax: (41) 2105-0201 • E-mail: pastcri@pastoraldacrianca.org.br