Aprender com as crianças

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10º CÍRCULO

APRENDER COM AS CRIANÇAS

Quem quiser ser o maior, que seja servo ou serva de todos

Mc 9,30-37

Acolhida

  • Canto Inicial.
  • Criar um bom ambiente. Dar as boas-vindas. Colocar as pessoas à vontade.
  • Breve memória do encontro anterior.
  • Invocar a luz dos Espírito Santo

1. Um fato da Vida que nos faz pensar

Carlinhos, menino pobre, saiu do interior para morar na periferia da cidade. Na nova casa, achou jogado num cômodo uma Bíblia. Com seus seis anos de idade se interessou em guardar aquele livro, que nem sabia o que realmente era, mas ficou como um tesouro e sinal daquela mudança na vida do menino. Na medida que ia aprendendo a ler também aumentava o interesse em ler as páginas e ilustrações daquele grande tesouro em sus mãos. Seus familiares não davam nenhum incentivo para esta iniciativa do Carlinhos, nem a igreja freqüentavam. Mais tarde uma vizinha sentiu que o menino tinha grande interesse pelas religião e começou a levá-lo para a comunidade e fazer a primeira comunhão. Ele não deixou mais de ir para a Igreja. Hoje, já adulto e casado, participa da Pastoral da Criança, dá um testemunho de serviço aos irmãos e principalmente falando da sua história ajuda as pessoas a prestar atenção nas ações das crianças, pois podemos aprender muito com elas.

Nosso texto de estudo encerra o Primeiro Bloco destes círculos bíblicos. Este bloco se chama "Aprendendo com Jesus". No encontro de hoje Jesus nos convida a olhar para as crianças numa atitude de aprendizado, de discipulado. Devemos ser como as crianças: pequenas, desarmadas, indefesas. Vivemos numa sociedade em que a riqueza, o poder, a ostentação e o domínio são os valores determinantes. Jesus nos ensina a olhar para uma criança em busca de um exemplo de vida.

  1. O que mudou na sua vida depois que você começou a trabalhar na Pastoral da Criança?
  2. O que você aprendeu trabalhando com as gestantes e com as crianças?
  3. Qual a proposta da pastoral da Criança para uma sociedade como a nossa, hoje, aqui no Brasil? Por quê?

2. Um texto da Bíblia que ilumina a Vida

  • Preparação
  • Introdução à leitura do texto: No texto de hoje Jesus nos ensina a aprender com as crianças. O próprio Jesus se identifica com as crianças, com os menores, com os fracos e indefesos. Durante a leitura vamos prestar atenção nas palavras de Jesus ao apresentar a criança como modelo aos discípulos.
  • 3. Leitura lenta e atenta do texto: Mc 9,30-37.
  • Perguntas para a reflexão:
  • De que você mais gostou neste texto? Por quê?
  • Qual era o motivo da discussão entre os discípulos? Como entender esta discussão?
  • Quais as palavras de Jesus aos discípulos? Por que Jesus mostra a criança como exemplo?
  • O que tudo isto nos ensina em nossos trabalhos pastorais?

3. Celebrar e partilhar a Vida em forma de oração

Sugestões para a celebração:

  • Colocar em forma de oração tudo aquilo que refletimos sobre a Palavra de Deus, sobre nossa vida e nosso trabalho na Pastoral. Como refrão após cada prece digamos: QUEREMOS ESTAR A SERVIÇO DE TODOS!
  • Rezar um salmo. Sugestão: o Magnificat, o Cântico de Maria (Lc 1,46-55)

4. Voltar para casa e testemunhar a Vida Nova

  • Formular um compromisso pessoal ou comunitário no trabalho da Pastoral.
  • Terminar o encontro com a oração do Pai-Nosso.
  • Canto Final.

Preparar o próximo encontro

  1. No próximo encontro vamos começar o segundo Bloco; "Aprendendo com o Antigo Testamento". Vamos meditar sobre as parteiras do povo. O texto de estudo será Ex 1, 15-22.
  2. Distribuir as várias tarefas da acolhida e da leitura do próximo encontro.
  3. Marcar data e local do próximo encontro.

AJUDA PARA O GRUPO

O texto nos mostra que Jesus enfrenta resistências de onde ele menos esperava: do grupo de discípulos. Os discípulos não entendem as conseqüências que a ação de Jesus vai provocando. Eles ainda estão presos aos esquemas antigos, ao "fermento dos escribas e dos fariseus". É muito difícil mudar de cabeça e de opinião. A novidade não penetra em nossas cabeças com muita tranqüilidade. A conversão é uma necessidade constante. Entre os discípulos ainda se perde tempo discutindo sobre quem seria o maior dentro do grupo. Disputam cargos e posições. Não entenderam nada da proposta de Jesus. Ainda estão mergulhados na mentalidade da competição e da hierarquia.

Jesus coloca então uma criança no meio deles. Uma criança que não pensa em subir, em se apoderar de cargos, que não busca mandar e ser obedecida. Uma criança, simbolizando a vida tranqüila entre brincadeiras e amizade. A criança é símbolo das relações dentro do Reino de Deus. Se não nos tornarmos como crianças, se não acolhermos uma criança como se ela fosse o próprio Jesus, demonstramos que ainda estamos mergulhados na mentalidade da competição e do poder.