Manual do Coordenador de Ramo (Angola)
Acolhimento
“O Senhor disse a Abrão: 'Sai de tua terra, do meio de teus parentes,da casa de teu pai, e vá para a terra que eu vou te mostrar. Farei de ti uma grande nação e te abençoarei: Engrandecerei o teu nome,de modo que ele se torne uma benção. Abençoarei os que te abençoarem. Em ti serão abençoadas todas as famílias da terra'. Abrão partiu, como o Senhor lhe havia dito, e Ló foi com ele. Abrão tinha setenta e cinco anos ao partir de Harã”. (Gn 12, 1-4)
Você, Coordenador, já tem uma caminhada na Pastoral da Criança. Neste momento de sua vida. Deus o convida para uma nova atuação pastoral a fim de continuar sua missão.
Como Abrão,você está sendo convocado a sair de sua residência. Deve ir para a ”terra” que o Senhor lhe está mostrando ou seja a paróquia, ou as paróquias e comunidades de sua área.
As famílias que moram nesta «terra» a partir de hoje fazem parte da sua preocupação e precisam da sua dedicação.
Não importa sua idade, importa a sua fé no Senhor. Abrão partiu. Parta você também para mais essa missão de salvar vidas e sinta que por meio de sua pessoa, do seu compromisso, muitas famílias da sua comunidade serão abençoadas, conforme a promessa do Senhor a Abrão.
História da Pastoral da Criança
Tudo começou em 1982, em uma reunião da ONU sobre a paz mundial, na Suíça. James Grant, director executivo do UNICEF na época , sugeriu ao Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns a criação de um projecto de Igreja para combater as altas taxas de mortalidade infantil no Brasil, provocadas principalmente pela diarreia.
Em seu retorno, Dom Paulo procurou sua irmã, a Dra. Zilda Arns Neumann, e propôs-lhe que desenvolvesse o projecto. A CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, indicou Dom Geraldo Majella Agnelo, na época Arcebispo de Londrina, para acompanhar a Dra. Zilda no desenvolvimento do trabalho.
Em 1983, foi iniciada a Pastoral da Criança, como um projecto-piloto implantado em Florestópolis, Arquidiocese de Londrina, norte do Paraná. Neste pequeno município, onde 74% do trabalho era realizado por lavradores, morriam 127 crianças para cada mil nascidas vivas. Após um ano de atividades, o trabalho dos líderes comunitários da Pastoral da Criança fez este índice cair para 28 mortes para cada mil crianças nascidas vivas.
Em 1984 a Dr.ª. Zilda Arns Neumann foi convidada a apresentar o trabalho aos Bispos do Brasil, na Assembleia geral da CNBB. Com o seu apoio, a Pastoral da Criança cresceu, e hoje está em todos os estados do Brasil.
A experiência da Pastoral da Criança do Brasil chegou a mais 19 países de três continentes: na AMÈRICA LATINA E CARIBE: Argentina, Bolívia, Colômbia, Guatemala, Haiti, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela; na ÁFRICA: Angola, Guiné, Guiné Bissau e Moçambique e na ÁSIA: Timor Leste e Filipinas.
Missão da Pastoral da Criança
A missão da Pastoral da Criança é continuar o projeto de Jesus que, com sua presença transformadora, anunciava a esperança de um mundo mais humano e solidário: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10).
Mas não é bom que o líder trabalhe só, afinal Jesus “Chamou os Doze, começou a enviá-Ios dois a dois”. (Mc 6, 7). Dois a dois indica que a missão é um serviço comunitário e que os seguidores de Jesus devem ajudar-se uns aos outros em suas atividades. Na Pastoral da Criança, cada líder deve buscar uma pessoa de apoio na comunidade para cumprir sua missão junto às famílias.
Jesus constituiu o grupo dos doze apóstolos “para que ficassem com ele e para que os enviasse a anunciar a Boa Nova, com o poder de expulsar os demônios” (Mc 3,14-15).
Pregar é anunciar a boa nova de Jesus: ele veio trazer vida plena para todas as pessoas. Na Pastoral da Criança anunciamos a boa nova ajudando gestantes e famílias a perceberem a sua dignidade de filhos de Deus. À medida que criamos condições para as crianças se desenvolverem, elas vão adquirindo condições dignas de vida plena e realizam o projeto de Jesus.
Na Bíblia, a expressão expulsar os demônios significa libertar as pessoas de toda a alienação; isto é, ajudá-las a pensar por elas próprias. Na Pastoral da Criança, ajudamos as famílias a pensar e agir cada vez mais por elas mesmas e a perceber que são capazes de renovar a sua comunidade.
Método VER-JULGAR-AGIR -AVALIAR-CELEBRAR
A Pastoral da Criança trabalha com o método ver, julgar, agir, avaliar e celebrar. São cinco passos que ajudam no planejamento das atividades levando em consideração a situação real, refletindo sobre ela, planejando e propondo ações, avaliando e por fim celebrando os resultados.
VER: A partir da realidade. O primeiro passo é procurar conhecer a situação da comunidade, ouvir seus problemas e suas necessidades. Olhar a realidade e encontrar nela os sinais de Deus.
JULGAR: Iluminar a realidade. O segundo passo é para analisar, examinar, refletir, trata-se de ver e captar as causas ou raízes da situação. Refletir sobre a realidade - que sociedade queremos.
AGIR: Tranformar a realidade. O terceiro passo trata de apresentar propostas de ação. É importante, entender o ritmo da comunidade, respeitar o tempo da comunidade e focar em ações possíveis de serem executadas.
Avaliar: Refletir a nova realidade. O quarto passo é para fazer a revisão da caminhada, valorizando as conquistas, mesmo as pequenas e percebendo os erros. Ver de novo para um novo ponto de partida.
Celebrar: Deus caminha com a gente. O quinto passo é para celebrar as vitórias, conquistas, o aprendizado que veio do fracasso, esperanças, a união e a organização.
VER
Como estão as crianças pobres que vivem no meu Ramo (Paróquia)?
“O Senhor lhe disse: "Eu vi a opressão de meu povo no Egito, ouvi o grito de aflição diante dos opressores e tomei conhecimento de seus sofrimentos. Desci para libertá-los das mãos dos egípcios e fazê-los sair desse país para uma terra boa e espaçosa, terra onde corre leite e mel.” (Ex 3, 7-8)
A missão do Coordenador é ver a situação das famílias, o que implica ouvir os seus clamores e conhecer os seus sofrimentos, descendo até onde elas estão para fazê-las subir, isto é, conquistar uma vida em abundância.
“Quando saiu da barca, Jesus viu uma grande multidão e teve compaixão porque elas estavam como ovelhas sem pastor“.
Os Coordenadores saem de onde estão para ver a situação das famílias: assim terão compaixão, isto é, sentirão junto com as famílias acompanhadas o que elas sofrem. Serão bons pastores.
Para ajudar nesse VER, a Pastoral da Criança conta com o valioso esforço de seus Líderes, que mensalmente, anotam em seu Caderno e depois nas FABS – Folha de Acompanhamento das Ações Básicas de Saúde, Nutrição e Educação - o que está ocorrendo com as crianças acompanhadas pela Pastoral da Criança.
Passos dos Discípulos de Emaús Evangelho de Lucas 24, 13-35
Este texto sobre a Missão do Coordenador de Ramo (Paróquia) tem o mesmo objetivo do Guia do Líder: unir Fé e Vida, Mística e Ação. Para isso toma como base a narrativa evangélica de Lucas a respeito dos discípulos de Emaús.
Esta passagem do evangelho, neste texto, foi escolhida para iluminar e fundamentar os momentos da metodologia da Pastoral da Criança: ver, julgar, agir, avaliar e celebrar.
1° PASSO DE EMAÚS: PARTIR DA REALIDADE (Lc 24,13-24)
Aproximar-se das pessoas com seus problemas, escutar a realidade da vida delas, os problemas que invadem o cotidiano. Saber fazer as perguntas certas para que elas desabafem suas angústias e suas frustrações. Fazer perguntas que ajudem a olhar a realidade com olhar mais crítico. Saber entender a realidade é o primeiro passo para enfrentá-la e superá-la.
O texto de Lucas mostra Jesus encontrando dois amigos numa situação de fuga, de medo e de descrença. Estavam fugindo de Jerusalém, da comunidade.
Sabemos que um deles se chama Cléofas. Não sabemos o nome do outro. Mas como o texto evangélico nos informa que Cléofas era casado e que sua mulher se chamava Maria (Jo 19,25), podemos deduzir que estamos diante de um casal de discípulos. A morte de cruz tinha matado neles a esperança.
Então Jesus se aproxima e começa a caminhar com eles. Participa da conversa, provocando e escutando. Pergunta: “De que vocês estão falando?” A ideologia dominante, a religião oficial, a doutrina há tanto tempo transmitida sem vivência impedia-os de enxergar de desenvolver uma consciência crítica. Esta cegueira impedia-os de perceber algo de novo nos últimos acontecimentos já que “nós esperávamos que ele fosse o libertador, mas...” (Lc 24,21).
O texto nos mostra os primeiro passo de um encontro bíblico: aproximar-se das pessoas com seus problemas, escutar a realidade da vida delas, os problemas que invadem o cotidiano. Saber fazer as perguntas certas para que elas desabafem suas angústias e suas frustrações. Fazer perguntas que ajudem a olhar a realidade com um olhar mais crítico. Saber entender a Realidade é o primeiro passo para enfrentá-la e superá-la.
2º passo de Emaús: usar a Bíblia para iluminar a realidade (Lc 24,25-27)
Com a ajuda da Bíblia, vamos transformar os fatos que nos parecem sinais de morte e de cruz em sinais de vida e de esperança. Tudo aquilo que nos impede de caminhar é capaz de transformar-se em forças e luz na caminhada.
A Bíblia é uma luz e a luz serve para iluminar ao nosso redor, então que ela sirva para entender o que Deus espera de nós e o que Ele quer nos dizer através da Bíblia. Jesus usa a Bíblia para iluminar a realidade. Este é o segundo momento, o momento do Julgar, de iluminar a realidade.
Neste momento vamos usar a Bíblia, os documentos da Igreja e da Pastoral da Criança como luz para os passos da caminhada. Cada participante foi chamado por Deus para fazer o trabalho. E esse chamado é envolvido pela mística de Jesus.
JULGAR
As Crianças Pobres da meu Ramo (Paróquia) tem vida em abundância?
Iluminar a realidade
Uma pessoa se torna parte da família da Pastoral da Criança quando põe em prática a sua fé e vai ao encontro das crianças e gestantes de sua comunidade. É como disse São Tiago: “Meus irmãos, que adianta alguém dizer que tem fé, quando não a põe em prática? Podeis ver, pois, que alguém é justificado com base naquilo que faz e não simplesmente pela fé.” (Tg 2, 14.24).
Objetivo da Pastoral da Criança
A Pastoral da Criança tem por objetivo o desenvolvimento integral das crianças, promovendo, em função delas, também suas famílias e comunidades, sem distinção de raça, cor, profissão, nacionalidade, sexo, credo religioso ou político.
População – Alvo
Acompanhamento de crianças de 0 a 6 anos e grávidas de famílias pobres em suas próprias comunidades.
Materiais da Pastoral da Criança
Para realizar o seu trabalho a Pastoral da Criança conta com materiais educativos que transmitem conhecimento científico nas áreas de saúde, educação, desenvolvimento infantil e cidadania com uma linguagem acessível a todas as pessoas. São alguns deles: o Guia do Líder que é destinado ao líder e contém orientações sobre as ações de saúde, educação e cidadania, visando a formação do voluntário para o acompanhamento de grávidas e crianças de 0 a 6 anos incompletos. E esse Manual do Coordenador que foi desenvolvido para as equipas de coordenações e contem orientações sobre as atribuições das equipas de coordenação da Pastoral da Criança dentro de sua missão e a forma de organização, com orientações sobre gerenciamento e planejamento das atividades dentro do sistema administrativo da Pastoral da Criança.
Implantação da Pastoral da Criança
O início da Pastoral da Criança nas comunidades se dá pelas ações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania.
A Pastoral da Criança deve iniciar pela Capacitação de líderes Comunitários, tendo como instrumento principal o Guia do Líder da Pastoral da Criança. No Guia do Líder estão enfocados a missão da Pastoral da Criança e os três principais instrumentos para multiplicar o saber e a solidariedade que são:
- visita mensal às famílias acompanhadas;
- dia da Celebração da Vida; e
- a Reunião Mensal para Reflexão e Avaliação.
Este tema também poderá ser aprofundado utilizando no Guia do Líder as páginas 136 e 137, cujo tema é “Organizando as atividades do Líder”.
A Pastoral da Criança para facilitar a sua organização, criou uma nomenclatura própria. No quadro observa-se as relações ente a organização da CEAST, da Pastoral da Criança e da República de Angola:
- Bloco 1: Representa a Estrutura da Igreja Católica no país
- Bloco 2: Representa a Estrutura própria da Pastoral da Criança, desenvolvida para facilitar a articulação e agilizar as atividades com os outros dois blocos organizacionais.
- Bloco 3: Representa a Estrutura Administrativa do país.
Nos três blocos de organização a comunidade é base de todo o trabalho, local onde as ações acontecem.
As linhas indicam ligações entre os blocos. Por exemplo:
- Uma Coordenação de Sector estará obrigatoriamente ligada a uma Diocese;
- A Coordenação de Sector poderá coincidir totalmente com a Diocese ou ser apenas uma parte de Arquidiocese.
A Missão dos Líderes e Coordenações da Pastoral da Criança
A Pastoral da Criança, com o mesmo espírito dos primeiros cristãos, e também como estrutura, procura ser a presença da Igreja de Cristo no mundo de hoje. “Na Pastoral da Criança, anunciamos a boa nova ajudando gestantes, crianças e famílias a perceberem a sua dignidade de filhos de Deus. À medida que criamos condições para as crianças se desenvolverem, elas vão adquirindo condições dignas de vida plena e realizam o projeto de Jesus” (Guia do Líder – 11a. edição – página 293).
Para realizar esta sua missão, a Pastoral da Criança necessita de pessoas. Para isso contamos com os líderes e coordenadores do serviço pastoral, em seus vários níveis.
Para formular as estratégias é importante estar consciente do local de ação e da missão de cada pessoa dentro da Pastoral da Criança, bem como dos recursos disponíveis.
Ser Coordenador na Pastoral da Criança é: - Estar a serviço da missão e das pessoas acompanhadas. - Proporcionar um bom relacionamento entre as pessoas da equipe do Setor (Diocese), Ramo (Paróquia) a que pertence, permitindo um trabalho cooperativo, em equipe, com respeito e integração de esforços, aproveitando os conhecimentos, experiências e potenciais de cada um. - Acompanhar as doações e promoções realizadas, bem como uso do recurso financerio.
Comunidade – Local de Ação da Pastoral da Criança
“A vida em comunidade é essencial à vocação cristã. O discipulado e a missão sempre supõem a petença a uma comunidade“. (Documento de Aparecida nº. 164)
A Pastoral da Criança organiza as comunidades em torno de um trabalho de promoção humana no combate à mortalidade infantil, à desnutrição, à violência doméstica e à marginalidade social.
A metodologia de trabalho é acompanhar grávidas e criança menores de seis anos que moram em comunidades pobres, especialmente, nas periferias das grandes cidades e nos pequenos e médios municipios, tanto no meio urbano quanto rural.
Comunidade é qualquer grupo social, cujos membros habitam uma determinada região; qualquer conjunto habitacional considerado como um todo, em virtude de aspectos geográficos, econômicos e/ou culturais comuns; qualidade ou estado do que é comum; comunhão.
Registo da comunidade na Pastoral da Criança
A comunidade é registada no Sistema de Informação, por meio das FABS. Ao ser registada pela FABS, a Coordenação Nacional envia para a Coordenação de Sector (Diocese) um “Informe de Cadastro de Comunidade”, com o objetivo de confirmar se os dados da comunidade estão corretos. Essas informações deverão ser conferidas pelo coordenador e o informe devolvido a Coordenação Nacional. As comunidades são registadas em um dos seguintes tipos:
Urbana: comunidade urbana com infra-estrutura (com ruas demarcadas, água e luz elétrica);
Urbana precária: comunidade urbana sem infra-estrutura (sem ruas demarcadas, água ou luz elétrica);
Rural: comunidade situada em área de campo, fora da cidade.
O Líder da Pastoral da Criança
O líder da Pastoral da Criança é a espinha dorsal de todo o trabalho, segue abaixo o perfil que mais se adequou à importante missão do líder comunitário:
- Seja voluntário;
- Seja capacitado no Guia do Líder;
- Seja alfabetizado ou conte com apoio de um alfabetizado;
- More na comunidade ou muito próximo a ela – inicialmente, é possível contar com pessoas de outras comunidades até que se forme um grupo local;
- Acompanhe grávidas e até 15 crianças pobres, menores de seis anos, e suas famílias (mães e pais);
- Esteja disponível para as atividades prioritárias do líder da Pastoral da Criança: Visita Domiciliar, Celebração da Vida, e Reunião para Reflexão e Avaliação.
- Conheça a realidade da comunidade;
- Tenha o material educativo básico da Pastoral da Criança;
- Possua um perfil em que se destaquem as características de saber ouvir, observar, acatar, sorrir e ter um bom coração, além da vontade de participar na melhoria das condições de vida das famílias pobres;
- Tenha a capacidade de somar esforços e compartilhar;
- Busque o desenvolvimento integral das crianças, tendo como resultados esperados a redução da desnutrição, da obesidade, da mortalidade infantil, e outros (indicadores das FABS).
Material Educativo Básico da Pastoral da CriançaGuia do Líder, balança, FABS, Caderno do Líder, colher-medida do soro caseiro, cartão da criança, cartão da gestante, dez mandamentos para a paz na familia e laços de amor.
As Coordenações da Pastoral da Criança
As Coordenações, assim como todos os membros da Pastoral da Criança, tem como missão criar condições para que os Líderes possam realizar sua missão.
Tudo que o coordenador de Ramo (Paróquia) realiza, como por exemplo: planejamento e organização do trabalho pastoral, acompamento da qualidade da capacitação e formação contínua dos Líderes, visita às comunidades e suas coordenações, prestação de contas, se justifica para criar condições para que os líderes possam realizar a Missão da Pastoral da Criança com as famílias.
Como os primeiros cristãos, também os coordenadores, vão mostrar disposição ao:
Serviço: “Pois o filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar vida em resgate de muitos” (Mc 10,45). Jesus fez da sua vida um serviço e assim também nós devemos seguir seu exemplo (Jo 13, 15).
Diálogo: a evangelização acontece em uma cultura, em uma comunidade e conta também com a participação de pessoas de outras religiões e culturas, respeitando as diferenças (Jo 4, 1-38).
Anúncio: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa-Nova a toda criatura” (Mc 16,15). É a dimensão missionária. A Pastoral realiza esta missão quando os seus líderes chegam nas famílias, comunidades, nos locais mais distantes e necessitados para desenvolver as suas ações.
Testemunho de Comunhão: viver na comunidade os valores da fé, da partilha. Celebrar e viver em comunidade, “Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros ” (Jo 13,35). Na Pastoral da Criança é fundamental este espírito fraterno.
“Sejam alegres na esperança,fortes na tribulação, perseverantes na oração. “(cf. Rom 12,12)
Coordenação de Ramo (Paróquia)
Responsável por diversas comunidades de uma mesma Paróquia, seu coordenador é indicado, em lista tríplice, pelos coordenadores comunitários do respectivo Ramo e ratificado pelo Pároco.
Atribuições da Coordenação de Ramo (Paróquia)
a) Atividades Fins
Implantar a Pastoral da Criança em outras comunidades:
- Identificar as famílias e buscar novos líderes;
- Organizar as capacitações;
- Articular capacitadores do Guia do Líder nos Ramos (Paróquias) e nas comunidades.
Manter as comunidades:
- Acompanhar o líder;
- Visitar pessoalmente a comunidade, ao menos uma vez ao ano, sendo que o ideal seria visitar cada comunidade quatro vezes no ano;
Revisar e enviar as FABS;
- Analisar os indicadores através dos relatórios recebidos, quando houver sistema de informação;
Formar equipa de apoio.
Reativar as comunidades sem sinal de vida:
- tomar providências caso as comunidades não estejam enviando regularmente as FABS.
b) Atividades Meio
- Prestar contas mensalmente ao Sector (Diocese);
- Participar das assembléia do Sector (Diocese): uma vez ao ano acontece a assembléia do Sector para avaliação e planejamento, sendo que a cada dois anos há a indicação do Coordenador de Sector (Diocese);
- Promover a assembléia anual do Ramo (Paróquia): uma vez ao ano acontece a assembléia do Ramo, sendo que a cada dois anos há a eleição do Coordenador de Ramo;
- Promover a articulação com o pároco, com outras pastorais, com movimentos e Conselhos Municipais de Saúde e de Direitos.
Formação Continua
“A pessoa amadurece constantemente no conhecimento amor e seguimento de Jesus Mestre, se aprofunda no mistério de sua pessoa, de seu exemplo e de sua doutrina”. (Documento de Aparecida nº 278 letra c)
O líder comunitário deve estar sempre atualizando os conhecimentos adquiridos na capacitação do Guia do líder. Uma das formas é participar sempre das Reuniões para Reflexão e Avaliação, assim sempre está atualizado e pronto para orientar as famílias.
O que entendemos por formação contínua é o processo que engloba desde as atividades da capacitação inicial, do aperfeiçoamento e até o acompanhamento do trabalho desenvolvido nas comunidades. A formação contínua deve ter por base os seguintes aspectos:
- A realidade das comunidades;
- O saber e a experiência de mães, líderes, coordenadores e profissionais
envolvidos;
- O aprofundamento dos conhecimentos técnicos;
- A vivência da mística que envolve fé e vida;
- Os resultados alcançados.
Ser capacitado é um direito que o Líder têm, sendo que a capacitação inicial deve ser a do Guia do Líder.
Capacitação do Guia do Líder
Objetivo: Formação do Líder para acompanhamento das Ações Básicas de Saúde, Educação, Nutrição e Cidadania da Pastoral da Criança, através do Guia do Líder.
A capacitação: é feita em duas partes sendo:
1a. parte: 11 etapas. Essa parte trabalha desde a gestante até o bebê de 1 ano;
2a. parte: 4 etapas. Essa parte trabalha a criança de 1 ano até a criança de 6 anos incompletos.
Tempo ideal de cada etapa: 3 horas e 30 minutos.
Tempo minimo de cada etapa: 2 horas e 30 minutos.
Número ideal de participantes: 15 pessoas.
Número máximo de participantes: 20 pessoas.
'''Capacitador:''' Tem por missão capaci ar novos líderes, com eles aprendendo e ensinando, dividindo conhecimentos com dedicação. Temos o capacitador com disponibilidade para capacitar novos líderes em grupos maiores, no Ramo (Paróquia); e temos também o '''Líder capacitador''', que é aquele que, além de atuar como líder acompanhando grávidas e crianças, capacita também outros líderes de sua comunidade. Em geral, essa formação é realizada em pequeno grupo (até mesmo de uma pessoa), conforme as possibilidades de ambas as partes para estudar o Guia e realizar as tarefas práticas.
Quem é o Capacitador e qual seu compromisso: é uma pessoa voluntária ou cedida por outras instituições engajadas nos trabalhos da Pastoral da Criança, faz parte da equipa do Ramo (Paróquia). É importante que tenha a oportunidade de conhecer uma comunidade antes de assumir o compromisso. Para isso, deve entrar em contato com o trabalho dos líderes, participando das seguintes atividades: Visita Domiciliar, dia da Celebração da Vida e Reunião para Reflexão e Avaliação. Após serem capacitados de acordo com a atividade a que se propõem realizar, os capacitadores assumem o compromisso de realizar no mínimo quatro capacitações para líderes.
É fundamental que o Coordenador de Ramo (Paróquia) saiba que precisa buscar a quantidade de capacitadores suficientes para que todos os seus líderes sejam capacitados.
Fluxo de Capacitação
Para que o processo de transmissão da informação e conhecimento tenha mais rapidez e para aproximar os capacitadores das pessoas a serem capacitadas a Pastoral da Criança adota o seguinte fluxo:
A equipe Internacional ou Nacional pode capacitar Multiplicador, Capacitador e Líder.
O Multiplicador pode capacitar: Capacitador e Líder.
O Capacitador pode capacitar: Líder. Podem também existir capacitadores que são líderes que vivem nas comunidades, são chamados de Líder capacitador.
Ser capacitado é um direito que o Líder têm, sendo que a capacitação inicial deve ser a do Guia do Líder.
Metodologia de Capacitação
A redação e a capacitação do Guia do Líder foram pensadas para incentivar a interação entre os capacitados e a relação entre a teoria e prática. Destacamos abaixo as principais premissas e recursos didáticos em que estão baseadas:
Diálogo – A fala dos participantes facilita o interesse deles pelo conteúdo estudado e permite a troca de experiências e conhecimentos. Sendo assim, o capacitador deve ter uma atitude de escuta e acolhimento, mas ao mesmo tempo saber dosar as participações, orientando para que haja objetividade e clareza nas colocações, para que todos tenham a oportunidade de falar.
Leitura Interativa – Para fazer o estudo do Guia, cada participante pode ler uma página em voz alta. O capacitador estimula comentários, troca de experiências, esclarecimento de dúvidas para verificar se os participantes entenderam o texto lido. Depois parte para a leitura de outra página.
Relação Fé e Vida – As citações bíblicas que estão colocadas em várias páginas do Guia do Líder permitem uma reflexão sobre os conteúdos estudados à luz da Bíblia. O capacitador pode estimular os participantes a partilharem rapidamente suas reflexões.
Mini-oficinas – O treinamento prático na própria capacitação, treinando o “uso” de ferramentas de trabalho do líder – tarar a balança, anotar o peso na curva ou fazer o soro caseiro – deve acontecer de acordo com o momento em que esses temas aparecem no Guia do Líder, para reforçar o aprendizado correto.
Atividades de animação e relaxamento – O uso de canções, brincadeiras, danças, relaxamento, entre outros, durante as etapas da capacitação, são recursos que permitem um descanso e depois a retomada de maior atenção dos participantes. A sugestão é que, entre a leitura de alguns temas com o título em cor laranja, o capacitador faça uma dessas atividades quando perceber cansaço, sono e desvios do assunto. Dinâmicas breves para introduzir ou discutir um conteúdo também favorecem o interesse e a participação.
Tarefas de casa – As atividades práticas junto às famílias e na comunidade, propostas no final de cada etapa, visam aproximar os conteúdos estudados no Guia do Líder com a vida da comunidade e a realidade local. Essas tarefas permitem também que as dúvidas surgidas durante a prática possam ser discutidas durante a capacitação, o que ajuda a melhorar a aprendizagem e fortalecer a segurança dos participantes.
Tendo como base essas orientações, cada capacitador deverá planejar sua capacitação usando a criatividade para tornar o estudo do Guia do Líder interessante e desafiante, de acordo com a quantidade de pessoas e com as características do grupo com o qual vai trabalhar.
Os Certificados de Capacitação serão emitidos, somente quando houver sistema de informação implantado no país. Para registar no Sistema de Informação deverá ser preenchida a ficha de registo da capacitação e das pessoas capacitadas. Serão expedidos certificados às pessoas que cumprirem todas as etapas estabelecidas para a capacitação, com o tempo adequado.
Recursos
“Enfim, irmãos, alegrai-vos, trabalhai no vosso aperfeiçoamento,encorajai-vos, tende um mesmo sentir e pensar,vivei em paz, e o Deus do amor e da paz estará convosco.”(2ª Cor 13,11)
Para o Coordenador de Ramo desenvolver a missão na Pastoral da Criança ele pode contar com recursos materiais, recursos financeiros e recursos humanos.
Recursos Materiais
São materiais disponibilizados para desenvolver as ações básicas da Pastoral da Criança nas comunidades. É direito do líder receber os materiais básicos para a realização do trabalho de acompanhamento das famílias na sua comunidade e é dever das coordenações Nacional, Sector (Diocese) e Ramo (Paróquias) não deixar que falte material para os líderes.
A coordenação de Ramo (Paróquia) deve solicitar os materiais necessários à Coordenação de Sector (Diocese), de acordo com o número de líderes, familias e comunidades. O Ramo deverá ter um estoque mínimo para suprir suas comunidades.
Cada material é produzido para um público específico da Pastoral da Criança. A solicitação deve ser feita de acordo com esse público. Alguns materais são destinados aos líderes. Outros destinados somente às equipas de capacitação e equipas de Coordenação de Ramo (Paróquia) e Sectores (Diocese). E outros ainda, destinados às comunidades e famílias. Está indicação é feita no formulário de “Solicitação de Materiais Educativos“ e deve ser observada tanto pelo Coordenador de Ramo (Paróquia) quanto de Sector (Diocese).
Materiais básicos da Pastoral da Criança
Este quadro apresenta a relação de materiais educativos básicos da Pastoral da Criança para o desenvolvimentos das ações básicas de saúde, nutrição e educação na comunidade e a quantidade ideal para cada público alvo.
Material Educativo | Quantidade/ Público Alvo | O que é |
Guia do Líder | 1 por líder | Manual com orientações para os líderes sobre cuidados de saúde, nutrição, desenvolvimento infantil e cidadania |
Caderno do Líder | Caderno onde o líder anota as informações sobre as crianças de 0 a 6 anos e das grávidas acompanhadas | |
FABS – Folha de Acompanhamento e Avaliação Mensal das Ações Básicas de Saúde e Educação na Comunidade | coordenador de comunidade anota os dados das crianças de 0 a 6 anos e das grávidas acompanhadas na comunidade | |
Balança | 1 por comunidade | Balança para acompanhar o peso das crianças de 0 a 6 anos. |
Laços de Amor | 1 por gestante | Folhetos com informações sobre a gravidez para serem entregues pelo líder às grávidas. |
Colher-medida de soro caseiro e folheto explicativo | Colher com as medidas de sal e açúcar e folheto com orientações para o preparo do soro caseiro de reidratação oral | |
10 mandamentos para a Paz na família | Folheto com dicas de ações para estimular a paz na familia | |
Cartão da Criança | Cada criança acompanhada deverá receber o Cartão da Criança, onde é marcado o peso e também são anotadas as vacinas, de acordo com a idade; esse cartão deve ficar com os pais, para que eles possam acompanhar o desenvolvimento de seu filho ou sua filha. Nesse cartão o Serviço de Saúde Público registra as vacinas aplicadas e o peso das crianças acompanhadas. Os parâmetros são de acordo com os definidos pelo Ministério da Saúde do país. Esse cartão é distribuido pelo Sistema de Saúde Pública. | |
Cartão da Grávida | Cada grávida deverá ter o Cartão da Grávida, onde são marcadas informações sobre o desenvolvimento da gravidez; esse cartão deve ficar com a grávida, para que possam acompanhar o desenvolvimento. Os parâmetros são de acordo com os definidos pelo Ministério da Saúde do país. Esse cartão é distribuido pelo Sistema de Saúde Pública. |
Recursos Financeiros
São recursos financeiros para desenvolver as ações básicas da Pastoral da Criança nas comunidades. Quando houver recursos no país para apoiar as ações da Pastoral da Criança, o Ramo (Paróquia) poderá contar com um apoio financeiro que poderá ser calculado de acordo com o número de crianças e grávidas que o Ramo (Paróquia) acompanha. Este recurso é para:que as coordenações possam realizar às visitas de acompanhamento às comunidades; que as comunidades possam apoiar o lanche no dia da celebração da vida e apoiar as reuniões de avaliação e reflexão; que as coordenações possam realizar capacitações e motivar os líderes nas comunidades.
Recursos Humanos
Os recursos humanos são as pessoas que contribuem na realização das ações da Pastoral da Criança. Na Pastoral da Criança o grande diferencial são os voluntários que doam seu tempo para orientar e ajudar as suas comunidades com informações que contribuem para que as crianças possam se desenvolver plenamente. Os líderes da Pastoral da Criança realizam um trabalho gratuito de acompanhar as grávidas e crianças de zero a seis anos nas comunidades onde vivem, também nas comunidades existem pessoas que colaboram gratuitamente como equipe de apoio e ajudam nas atividades realizadas pela Pastoral da Criança na comunidade. Além disso também contamos com o apoio de outros voluntários que ajudam gratuitamente nas capacitações, nas equipas de coordenação de Ramo (Paróquia) e coordenação de Sector (Diocese).
As coordenações devem sempre estar atentas para estimular e valorizar o trabalho dos voluntários que são a grande força da Pastoral da Criança.
Passos dos Discipulos de Emaús Evangelho de Lucas 24, 13-35
3° PASSO DE EMAÚS:REFLEXÃO SOBRE CELEBRAR E PARTILHAR NA COMUNIDADE (Lucas 24, 28-32)
- Saber criar um ambiente orante de fé, de fraternidade e de partilha onde possa atuar o Espírito Santo. É o Espírito que nos faz entender o verdadeiro sentido das palavras de Jesus e descobrir que o Ressuscitado está no meio de nós.
A Bíblia por si mesma não abre os olhos das pessoas. Mas faz arder o coração (Lc24,28-32)! O que abre os olhos e faz aquele casal perceber a presença de Jesus foi a atitude deles em acolher aquele desconhecido e convidá-lo para a refeição. É a partilha, tanto a partilha que Jesus faz da Palavra quanto a partilha do pão oferecido por Cléofas e Maria, que os levou a descobrir a presença do Ressuscitado no meio deles. No momento em que é reconhecido, Jesus desaparece. Sua presença física não é mais necessária! Agora Cléofas e Maria experimentam a ressurreição, a vida nova que os faz renascer e caminhar em comunidade. Concretiza-se assim a palavra do próprio Jesus: “Onde dois ou mais estiverem reunidos, eu estou no meio deles!” (Mt 18,24).
AGIR
Até agora vimos a relidade; entendemos o que Deus e a Pastoral da Criança esperam de nós; conhecemos a estrutura onde nos inserimos. Toda esta reflexão e conhecimento nos prepara para o AGIR.
Função de um membro de qualquer Coordenação da Pastoral da Criança: proporcionar aos líderes boas condições de trabalho.
Prioridades de um membro de qualquer Coordenação da Pastoral da Criança
Muitas vezes, diante de tantos desafios, é preciso priorizar, ou seja, por em ordem de importância o que deve ser feito. As prioridades de um membro de coordenação da Pastoral da Criança são:
1. Visitar, ao menos uma vez por mês, uma família acompanhada para manter contato com o objetivo da Pastoral da Criança: todas as crianças com vida em abundância. Essa visita deve ser feita com tempo e em companhia do líder local.
2. Conhecer a realidade das crianças pobres de sua área de atuação.
3. Acompanhar – promover, animar, planejar – a caminhada das Comunidades e Ramos (Paróquias), em comunhão com a Igreja local:
- distribuir adequadamente recursos financeiros e material educativo;
- formar e acompanhar os voluntários visando propiciar capacitação inicial e formação contínua;
- intervir, quando necessário, para manter a qualidade das ações.
4. Formar equipa para desempenhar as funçõess de escritório da Pastoral da Criança, tais como registos de comunidade e de capacitação, rever FABS com erro, prestar contas, solicitar recursos para capacitação, etc.
Dicas
Dicas para implantar a Pastoral da Criança
- Fazer um levantamento das comunidades e priorizar as mais pobres para iniciar os contatos;
- Procurar pessoas que sejam conhecidas na comunidade para ajudar na busca por lideranças (pároco, catequistas, professores, etc), visitar as famílias ou utilizar os meios de comunicação locais para divulgar as ações da Pastoral da Criança;
- Incentivar os líderes de uma comunidade para que visitem outras comunidades a fim de ajudar a ampliar e implantar a Pastoral da Criança.
Dicas para manter as comunidades com Pastoral da Criança
O acompanhamento é fator indispensável para que as comunidades possam se manter ativas. Por isso, é importante:
Acompanhar o líder:
Acompanhar o líder a uma visita domiciliar, observando:
- O número de gestantes e crianças registadas por líder;
- Se o líder foi capacitado e tem todos os materiais necessários para desempenhar a sua missão junto às famílias;
- Se o líder consegue visitar mensalmente todas as famílias cadastradas;
- Se ele entende que visita significa: ir até a casa da grávida ou criança, ver a criança mesmo que esteja dormindo e conversar com os pais ou responsáveis pela criança no momento da visita;
- Se o líder entrega as cartelas do Laços de Amor para as grávida;
- Se o líder observa e alerta as famílias sobre os sinais de perigo para a grávida e para a criança.
Acompanhar o Dia da Celebração da Vida, observando:
- Se a balança está sendo regulada e usada corretamente;
- Se criança está sendo pesada sem roupa e sem calçado;
- Se o líder sabe anotar o peso no gráfico do Cartão da Criança;
- Se o Cartão da Criança fica com as mães;
- Se o Caderno do Líder está sendo preenchido neste dia;
- Se este dia é aproveitado para fazer atividades com as mães;
- Se são realizados momentos de espiritualidade com as mães;
- Se a equipa está organizada para realizar esse dia (lanche, pessoas para brincar com as crianças, etc).
Acompanhar a Reunião para Reflexão e Avaliação, observando:
- Se há falta de resultados positivos: muitas crianças em situação de risco, desnutrição, pouca atenção à amamentação, morte de criança, baixa freqüência das crianças nas pesagens, poucas visitas realizadas, etc. ;
- Se a 4º Parte do caderno está sendo preenchida antes da reunião;
- Se o método VER, JULGAR, AGIR, AVALIAR e CELEBRAR está sendo usado;
- Se há dúvidas no preenchimento do caderno;
- Se estão discutindo as dificuldades das crianças ou gestantes acompanhadas;
- Se a FABS está sendo preenchida na reunião;
- Se há FABS devolvida com erro de preenchimento. Sempre trabalhar este assunto mostrando o quão importante é o trabalho dos líderes. Para isso, mobiliza-se a Coordenação Nacional, de Sector (Diocese) e de Ramo (Paróquia) para que a FABS com erro de preenchimento volte para a comunidade, verifique-se o que ocorreu e se envie uma segunda via corrigida. O esforço dos líderes deve ficar registrado corretamente na história da Pastoral da Criança.
Reunir com os líderes, pelo menos duas vezes ao ano: realizar reuniões com coordenadores comunitários e líderes para avaliar os trabalhos, fortalecer a amizade e animar a caminhada. Nestas reuniões é importante seguir o método VER, JULGAR, AGIR, AVALIAR e CELEBRAR, da seguinte forma:
No momento do VER: conversar sobre o trabalho nas comunidades utilizando os relatórios recebidos da Coordenação Nacional, o Mapa de Acompanhamento e as observações feitas nas visitas às comunidades.
No momento do JULGAR: analisar se todos têm o material básico para realizar o trabalho e se a comunidade está preenchendo as FABS; verificar se há número alto de crianças por líderes, verificar se é necessário mais capacitações para reforçar o trabalho, ou para capacitar novos líderes; se houve mortalidade infantil, refletir sobre as causas da devolução de FABS, se existem comunidades que precisam ser visitadas com maior freqüência e urgência, se é preciso captar mais lideranças, se é preciso conversar com o pároco ou com representantes dos serviços de saúde e outras pastorais e entidades, etc.
No momento do AGIR: com base nos resultados dos momentos anteriores, planejar as visitas às comunidades, as capacitações necessárias e outras ações para fortalecer e animar os líderes na caminhada. Nesse momento, dependendo da necessidade de mobilizar a comunidade, pode-se organizar Rodas de Conversa (ver texto Roda de Conversa) ou outras ações.
Incentivar e organizar a capacitação dos líderes: ao constatar a necessidade de capacitação, o Coordenador de Ramo precisa: elaborar o planejamento semestral de capacitação para encaminhar ao Coordenador de Sector; agendar junto com o capacitador a capacitação do Guia do Líder de acordo com a disponibilidade dos líderes.
Dicas para reativar as comunidades sem sinal de vida
Considera-se que uma comunidade que não mostra sinal de vida quando suas FABS não são digitadas no sistema de informação por três meses ou mais.
A Coordenação de Ramo (Paróquia) deve programar suas visitas priorizando as comunidades que passam por maior dificuldade, por exemplo, aquelas que não estão enviando FABS. De modo geral, esse é o primeiro indício de que algo não vai bem.
Neste caso o ideal é reunir com o pároco e com outras pessoas da comunidade os líderes que desanimaram. Julgar o que pode ser feito e Agir para superar as dificuldades e retomar as atividades de rotina. Caso seja necessário, programar a busca e capacitação de novos líderes.
Verificar nestas comunidades, principalmente:
- Os anseios e dificuldades que possam estar prejudicando o desenvolvimento do trabalho;
- Se houve pouca consciência das dificuldades do trabalho (empolgação inicial e depois desânimo);
- Fofocas e competição entre as líderes e com as outras pastorais;
- Alguma forma de colaborar na superação das dificuldades encontradas nessas visitas;
- Saber se os líderes estão sobrecarregados em relação ao número de crianças e gestantes acompanhadas ou por outra tarefas.
- Verificar se falta algum material para que os líderes desempenhem suas atividades;
- Observar se há conflito entre os membros da Pastoral da Criança ou algum problema de doença, ou a coordenadora comunitária engravidou, está trabalhando fora, etc. ;
- Conversar com pessoas da comunidade, como professores, ministros da Eucaristia, responsáveis por outras pastorais e lideranças locais. A avaliação de pessoas externas à Pastoral da Criança pode ser muito útil para “ver” algumas coisas que nos passam despercebidas no dia-a-dia, bem como para promover a busca por novas lideranças;
- Analisar como estão os dados das comunidades e conversar sobre a situação;
- Garantir a formação contínua para os líderes e capacitações no Guia do Líder para novas lideranças.
Planejamento Geral das Ações
Planejar é a melhor forma de organizar as idéias e definir as melhores ações para alcançar um determinado objetivo.
Esse planejamento deve ser um processo contínuo e dinâmico que apresente um conjunto de ações integradas, coordenadas e orientadas para tornar realidade um objetivo futuro.
Essas ações devem ser descritas e bem definidas para que sejam executadas de forma adequada e considerando aspectos como: atividades, prazo, local, recursos necessários ( materiais, financieiros e humanos) entre outras necessidades.
Durante a execução desse planejamento deve existir uma avaliação constante para verificar: sinais de sucesso e o que contribui para isso; e perceber os obstáculos e as dificuldades na execução do mesmo.
Modelo de Planejamento
Ramo (Paróquia):
O que fazer | |
Porque | |
Quando será feito | |
Onde | |
Quem fará (Recursos Humanos) | |
Que materiais precisa (Recursos Materiais) | |
Quanto Custa (Recursos Financeiros ) | |
Onde buscar recursos |
Local, Data: Assinatura: _
Planeamento de Actividades de Capacitação pela Coordenação de Ramo (Paróquia)
Setor (Diocese): _
Ramo (Paróquia):
Prestação de Contas
Para cumprir sua Missão, a Pastoral da Criança necessita de recursos financeiros. A transparência de seu uso e da prestação de contas colaborarão para que estes não venham a faltar.
Prestar contas significa comprovar, de forma organizada, as despesas realizadas com os recursos da Pastoral da Criança.
- Todo gasto só pode ser feito visando cumprir a Missão da Pastoral da Criança;
- Deverá ser prestado contas de todo e qualquer gasto;
- É recomendável fazer pesquisa de preço para qualquer tipo de gasto;
- Toda prestação de contas deverá ser revisada e assinada por três pessoas;
- Arquivar as Prestações de Contas.
A Coordenação de Ramo (Paróquia) deverá prestar contas mensalmente a Coordenação de Sector (Diocese), que deverá manter a prestação de contas dos Ramos (Paróquias) organizadas e arquivadas.
A Coordenação Nacional poderá solicitar a prestação de contas dos Ramos (Paróquias) em qualquer momento. Por isso é importante mantê-las em dia e organizadas.
Tipos de comprovantes de despesas:
- Nota ou cupom fiscal: estes comprovantes devem conter: o nome da empresa e ou estabelecimento comercial, Número Fiscal, data da compra, descrição clara das despesas, especificando‑as item a item, e o valor unitário das mesmas. Os documentos que não apresentarem estas informações serão devolvidos;
* Recibo simples: para os casos em que não é possível obter a nota ou cupom fiscal, poderão ser aceitos recibos simples (bilhetes de autocarro urbano, por exemplo). Esses recibos devem ser feitos em nome de Pastoral da Criança, com a discriminação de cada item de despesa, valor, data, além do nome, endereço, o número do bilhete de identidade (BI) e a assinatura da pessoa que recebeu o dinheiro. Sugerimos ter sempre em mãos um bloco de recibos.
Prestação de Contas da Coordenação de Comunidade à Coordenação de Ramo (Paróquia)
O Coordenador de Comunidade:
- Recebe o recurso do Coordenador de Ramo (Paróquia) e assina um recibo. Este recurso é para desenvolver as ações básicas de saúde, nutrição e educação na comunidade, podendo pagar despesas com o lanche para o dia da Celebração da Vida, Reuniões para Reflexão e Avaliação, entre outros gastos necessários para o desenvolvimento do trabalho;
- Deve anotar mensalmente em um caderno ou livro ata todas as despesas efetuadas com o recurso da Pastoral da Criança, discriminando o valor e os produtos adquiridos. A comunidade demonstrará sua transparência quanto aos gastos efetuados colocando esse caderno a disposição de quem quiser saber como são usados os recursos da Pastoral da Criança. Nas comunidades onde é possível se ter algum tipo de comprovante de despesa, estes podem ser colados no próprio caderno. A coordenação de Ramo (Paróquia) deverá mensalmente verificar as contas da comunidade.
Nesse caderno de anotações também poderão ser registrados eventos ocorridos na comunidade como: visita da coordenadora de Ramo (Paróquia), festas comemorativas das Pastoral da Criança, etc.
Prestação de Contas da Coordenação de Ramo (Paróquia) à Coordenação de Sector (Diocese)
O Coordenador de Ramo (Paróquia):
- Recebe o recurso do Coordenador de Sector (Diocese) e assina um recibo. Este recurso, como todos os outros, é para acompanhar as comunidades ou realizar capacitações de líderes;
- Deve organizar os comprovantes de despesas efetuadas por ordem de data;
- Deve colar as notas e recibos originais por ordem de data e faz a numeração de cada nota.;
- Deve preencher o Demonstrativo das despesas de acordo com as orientações do Coordenador de Sector (Diocese);
- Deve encaminhar a prestação de contas original ao Sector (Diocese).
Composição da Prestação de Contas de Ramo (Paróquia)
A prestação de contas deve ser composta por todos os comprovantes originais das despesas realizadas e do demonstrativo das despesas que devem ser colados em folha de papel, por ordem crescente de data. Essa ordem também deve ser seguida no lançamento das despesas no demonstrativo.
Todos os comprovantes de despesas devem ser colados em folha de papel, por ordem crescente de data. Essa ordem também deve ser seguida no lançamento das despesas no demonstrativo.
Importante: Nunca se deve deixar recibos em branco assinados
Demonstrativo Mensal de Despesas Realizadas no Ramo
Em receitas preencher:
- Data: a data de recebimento do recurso financeiro;
- Especificação da Receita: a origem do recurso financeiro recebido;
- Valor: o valor do recurso financeiro recebido.
- Fazer um recibo para todos os recursos recebidos.
Em despesas preencher:
- Ordem: colocar o número que cada nota ou cupom fiscal recebeu na colagem.
- Data: colocar a data da compra que consta na nota, cupom fiscal ou recibo.
- Especificação das despesas: escrever brevemente a despesa. Ex: em uma nota de compra de azeite e arroz, colocar no quadro como “despesas com alimentação”.
- Valor: colocar o valor total da nota, cupom fiscal ou recibo.
- Prestar conta de todos os recursos recebidos
Ao final do demonstrativo de despesa deve ser apurado o saldo para o próximo mês.
Quando houverem doações ou promoções na comundiade deverá ser feito um recibo no valor recebido para ser entregue ao doador (a comunidade deve registar a entrada desse recurso)
Conselho Econômico
Objetivo: é formado para o assessoramento e acompanhamento da gestão econômica e financeira da Coordenação de Sector (Diocese) e Ramo (Paroquia) da Pastoral da Criança, especificamente: (1) zelar pelo bom uso do seu nome; (2) contribuir para que os recursos recebidos somente sejam aplicados nas ações que desenvolve; (3) verificar se os gastos estão dentro das normas de prestações de contas da Pastoral da Criança; (4) considerar ainda o mais econômico sem perder a qualidade do produto ou serviço
Esse conselho tem como atribuição avaliar a prestação de contas e a organização da mesma verificando: se contém todos os documentos fiscais e recibos referente aos gastos efetuados; se foram devidamente preeenchidos, assinados e com o produto ou serviço descrito; se os gastos foram efetuados para desenvolver as ações da Pastoral da Criança; se utilizaram de acorco com os critérios da prestação de contas e se foram observados as formas mais economicas para compra do serviço ou produto.
Passos dos Discipulos de Emaús Evangelio de Lucas 24, 13-35
4º PASSO DE EMAÚS: RESSUSCITAR E VOLTAR PARA JERUSALÉM (LC 24,33-35)
Agora tudo mudou! Eles mesmos ressuscitaram! O casal cria coragem e faz o caminho de volta. Voltam para Jerusalém, para a comunidade. Voltam para a cidade onde continuam ativas as forças da morte que mataram Jesus. Mas também para o lugar onde agora se manifestam as forças da vida nova! Uma vida nova que se concretiza na partilha da experiência de ressurreição. Onde antes havia medo, agora existe coragem! Onde antes havia fuga, agora existe retorno e disponibilidade. A mudança fez nascer a esperança em vez de desespero, consciência crítica em vez de fatalismo frente ao poder, liberdade em vez de opressão! Enfim: VIDA em vez de morte! Eles, que antes estavam presos à má notícia da morte de Jesus, agora trazem uma Boa Nova: Jesus ressuscitou!
- Experimentar a presença viva de Jesus e do seu Espírito presente no meio de nós. É ele que abre nossos olhos sobre a Bíblia e sobre sua própria ressurreição e nos leva a partilhar a experiência de Ressurreição com os irmãos e as irmãs de outras comunidades e mesmo de outras igrejas cristãs. O objetivo desta leitura bíblica é escutar Deus que nos fala hoje!
AVALIAR
“...como também eu me esforço por agradar em tudo a todos,buscando não o que é vantajoso para mim, mas o que é vantajoso para o maior número de pessoas, a fim de que sejam salvas”.(1ª Cor 10, 33)
O Sistema de Informação reúne dados dos vários níveis de coordenações da Pastoral da Criança, permitindo avaliar as ações realizadas.
Fluxo de Informação
1o. etapa: o líder, na visita domiciliar e no Dia da Celebração da Vida, regista as grávidas e as crianças menores de 6 anos no seu Caderno do Líder. A partir daí, registra a cada mês as respostas às perguntas dos indicadores das crianças e gestantes acompanhadas.
2o. etapa: uma vez por mês, cada líder preenche a 4º parte do seu Caderno com a soma das informações de todas as crianças e gestantes acompanhadas. Na Reunião para Reflexão e Avaliação, os líderes de uma mesma comunidade somam os dados de todos os cadernos numa FABS – Folha de Acompanhamento e Avaliação Mensal das Ações Básicas de Saúde e Educação na Comunidade. Além de preencher a FABS, essa reunião é o momento onde os líderes podem trocar experiências, conversar sobre as famílias que acompanham, estudar melhor a situação delas, procurar soluções locais e se fortalecer na caminhada.
Esse tema também pode ser aprofundado com a ajuda do Guia do Líder nas páginas 227 e 228, cujo tema é "FABS – Folha de Acompanhamento."
3o. etapa: a FABS é enviada à Coordenação de Ramo (Paróquia), que a confere, analisa e assina e envia para a Coordenação Nacional. Essa FABS também pode ser enviada ao Sector (Diocese) e este a encaminha para a Coordenação Nacional. Acompanhando as informações das FABS de suas comunidades, a Coordenação do Ramo (Paróquia) pode saber quais são as dificuldades encontradas no trabalho de seus líderes e planejar junto com eles o que fazer.
'''Importante: ''' - Para as comunidades distantes, o portador das FABS pode deixá-las na casa paroquial ou em outro local previamente combinado, onde a Coordenação de Ramo (Paróquia) irá buscá-la.� Qualquer membro da comunidade pode ser portador da FABS até esse local. - verificar se o nome da comunidade está correto, pois sem a correta identificação não há como registrar a FABS no Sistema de Informação.
4o etapa: na Coordenação Nacional, os dados das FABS são digitados e analisados. A partir desse momento se podem emitir relatórios contendo resultados que indicam a situação de saúde e desenvolvimento das crianças e grávidas acompanhadas por todos os líderes da Pastoral da Criança, nas diversas comunidades.
Fluxo de Informações da Pastoral da Criança
Os relatório emitidos pelo Sistema de Informação apresentam os indicadores de saúde da grávida e da criança assim se poderá acompanhar:
- em relação às crianças: amamentação, peso, desnutrição, diarréia, vacinação, acesso aos serviços de saúde e também aos aspectos de aprendizagem e relacionamento, que chamamos de indicadores de oportunidades e conquistas.
- Em relação à grávida, os indicadores estão relacionados a aspectos de saúde, ao acompanhamento do pré-natal e ao acesso aos serviços de saúde.
Estes relatórios também servem para que os diversos níveis de coordenação da Pastoral da Criança possam apoiar os Ramos (Paróquias) e comunidades na construção de uma rede de apoio e de controle social, na defesa dos direitos de cada um. Servem também para celebrar quando esses direitos estão garantidos.
CELEBRAR
Celebração de Envio (João 13,4-12 a 14)
Chegamos ao final de mais um momento de Formação Contínua. Muitas coisas aprendemos e muito ainda temos que aprender no nosso fazer cotidiano. Por isso queremos terminar este momento nos colocando como discípulos missionários enviados pelo próprio Cristo.
“Jesus levantou-se da ceia, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a à cintura. Derramou água numa bacia, pôs-se a lavar os pés dos discípulos” (Jo 13,4 ). “Depois de lavar os pés dos discípulos, Jesus perguntou-lhes e hoje pergunta a cada um de nós: “Vocês compreenderam o que eu fiz? Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros”( Jo 13,12.14).
Por isso Pedro reage, porque ainda tem cabeça de “Patrão”. Jesus diz a Pedro: “Agora não entendes o que estou fazendo, mais tarde compreenderás” (Jo 13,7). Em outras palavras Jesus está dizendo a Pedro: seja humilde, deixe-me lavar seus pés.
Jesus, verbo eterno de Deus que tudo criou (cf.Jo 1,1-2), se faz servo, escravo. Nisto Ele é Mestre e Senhor. Ao lavar os pés dos discípulos, Jesus aponta para a dimensão do que significa, de fato, ser cristão, discípulo missionário: é ser servo dos outros.
O discípulo missionário do Mestre, não se coloca acima dos demais, mas a serviço deles, como Jesus fez. Viver assim é ter parte com Jesus e realizar com Ele o projeto de Deus: uma sociedade nova, justa e fraterna:
- Eis o nosso Mestre, cujo exemplo devemos aprender para conviver bem com as pessoas e com nós mesmos.
'''Canto:''' Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente.
- Eis nosso Mestre que nos deixa um testamento: “Façam a mesma coisa que eu fiz”.
- Eis o nosso Mestre, que nos convida a vivermos o amor e a igualdade para com todos.
- Eis o nosso Mestre que nos convida a anunciar a boa nova do Reino a todos os povos, em especial às nossas crianças e gestantes.
'''Canto:''' Por causa de um certo Reino, estradas eu caminhei, buscando, sem ter sossego ,o reino que eu vislumbrei. Brilhava a estrela d'alva e eu quase sem dormir, buscando este certo Reino e a lembrança dele a me perseguir. (bis)
* Eis o nosso Mestre que nos convida a sairmos de nossa casa e irmos visitar nossa comunidade, a nossa paróquia, para escutar as suas necessidades.
'''Canto:''' Pelas estradas da vida nunca sozinho estás, Contigo pelo caminho Santa Maria vai.
Eis o nosso Mestre, que fez e faz arder o nosso coração como discípulo missionário para continuar partindo o pão da solidariedade e do saber.
Sabemos que no tempo de Jesus, quando o patrão chegava em casa do trabalho, quem devia lavar-lhe os pés eram os escravos, não-judeus ou as mulheres judias. Jesus, durante a ceia, comportou-se totalmente ao contrário: Ele se faz escravo e lava os pés dos seus discípulos. Hoje retornando para as nossas casas, comunidade, paróquias, temos coragem de continuar a missão de Jesus? Se estamos dispostos a continuar a missão, cantemos juntos:
'''Canto:''' Senhor, se tu me chamas, eu quero te ouvir! Se queres que eu te siga, respondo: Eis-me aqui! - Profetas te ouviram e seguiram tua voz, andaram mundo afora e pregaram sem temer. Seus passos tu firmastes, sustentando seu vigor. Profeta, tu me chamas: vê, Senhor, aqui estou! - Nos passos do teu Filho, toda a igreja também vai, seguindo teu chamado de ser santa qual Jesus. Apóstolos e mártires se deram sem medir. Apóstolo, me chamas: vê, Senhor, estou aqui!
ANEXO
RODA DE CONVERSA
Diferença entre palestra e roda de conversa
Roda de Conversa é um bate papo mais informal com um grupo não muito grande de pessoas, no qual elas sentam-se em roda para conversar sobre um tema de interesse comum. Todos são estimulados a participar ativamente trocando opiniões, tirando dúvidas. Deve ter duração de 20 minutos à uma (01) hora para garantir que todos fiquem interessados e participem bem.
Na Pastoral da Criança a Roda de Conversa pode acontecer no dia da Celebração da Vida, onde um(a) líder ou convidado junta-se com as mães e outros responsáveis para tratar de temas que respondam às necessidades e interesse das gestantes,crianças e suas famílias. No Guia do Líder, nas páginas 186 e 187, falamos sobre conversas com pais e familiares.
Palestra é quando uma pessoa apresenta um tema para um maior número de ouvintes e a participação se faz através de perguntas, quase sempre no final da explanação, o que geralmente não permite que todos participem ativamente.
Na Pastoral da Criança, recomenda-se que o palestrante que faça no máximo 15 a 20 minutos de palestra e deixe tempo para que as mães, pais e familiares possam fazer perguntas, tirar dúvidas, ou seja, conversar sobre o tema para compreender e aprender melhor.
Pode-se pedir para vir alguém de fora da comunidade para realizar a Roda de Conversa? Sim, pode ser chamado alguém que tem conhecimento especifico sobre determinado assunto, por exemplo: um enfermeiro ou médico para conversar sobre a primeira dose de antibiótico. No entanto, a presença de pessoas de fora não é necessária, os próprios líderes e outras pessoas da comunidade podem preparar e conduzir a Roda de Conversa.
Se a comunidade realiza no dia da Celebração da Vida uma Roda de Conversa com as mães, sobre tema de seu interesse, essa conversa entra na FABS?
Para que esta atividade conste como Roda de conversa na FABS é preciso que seja colocada no local apropriado (verso da FABS), escrevendo qual foi o tema e o número de participantes da Roda de Conversa.
Que materiais podem ajudar no preparo e no dia da Roda de Conversa?
Em geral é usado o Guia do Líder.
Quem pode participar?
As famílias acompanhadas pela Pastoral da Criança e outras pessoas da comunidade.
Dica: Você pode forçar que um link abra numa nova página, para que não saia da página atual. Para isso você deve adicionar após o texto do link: | target="_blank" e daí então fechar os colchetes.