História Caxias do Sul
Histórico do Setor 306 - Caxias do Sul |
Esta página é destinada a descrever os principais acontecimentos deste Setor.
Para melhor uso, é interessante que:
- os novos relatos sejam colocados sempre no início da página;
- coloque-se como título uma chamada breve e a data do acontecimento.
Conteúdo
- Lista Tríplice - 02/08/2015
- Plano de Ação
- Nomeação - 01/08/2013
- Lista Tríplice - 15/06/2013
- Lista Tríplice - 10/03/2012
- Lista Tríplice - 24/04/2010
- Entrevista Ir.Vera Altoé jornal Pioneiro - 26/03/2009
- Lista Tríplice - 23/11/2008
Extrato da Conta Corrente | |
Extrato CC Setor Caxias do Sul |
Lista Tríplice - 02/08/2024
Nova
https://doc.pastoraldacrianca.org.br/share/s/o8WUnDLDRhqTMuZ34puH7A
Lista Tríplice - 09/06/2021
Lista.
https://doc.pastoraldacrianca.org.br/share/s/g4xmeTPcTduPKQELO_C7Sw
Autor: Aline Pereira de Jesus
Mandato Pró-tempore 18/06/2019
Autor: Tamires França.
Nomeação Interina - 26/06/2017
Nomeação Interina.
https://si.pastoraldacrianca.org.br/pastcri-dev/arquivos_genericos/Nomeacao-Caxias-do-sul
Autor: Aline Pereira de Jesus
Lista Tríplice - 02/08/2015
Lista e ata.
https://si.pastoraldacrianca.org.br/pastcri-dev/arquivos_genericos/CaxiasSul306
Autor: Tatiane Mary
Plano de Ação
https://si.pastoraldacrianca.org.br/pastcri-dev/arquivos_genericos/Plano_Acao_CaxiasdoSul
Nomeação - 01/08/2013
https://si.pastoraldacrianca.org.br/pastcri-dev/arquivos_genericos/Nomeacao-Caxias-do-sul
Autor: Aline Pereira de Jesus
Lista Tríplice - 15/06/2013
Lista Triplice, ata.
https://si.pastoraldacrianca.org.br/pastcri-dev/arquivos_genericos/Caxias_Do_Sul_2013
Autor: Bruna Batista
Lista Tríplice - 10/03/2012
Lista Tríplice, Fichas, Ata.
https://si.pastoraldacrianca.org.br/pastcri-dev/arquivos_genericos/Caxias+do+Sul.pdf
Autor: Jaqueline Santos
Lista Tríplice - 24/04/2010
Lista Tríplice.
https://si.pastoraldacrianca.org.br/pastcri-dev/arquivos_genericos/lt306.PDF
Autor: Erica dos Santos
Entrevista Ir.Vera Altoé jornal Pioneiro - 26/03/2009
Jornal o Pioneiro Caxias do Sul - 26/03/2009 | N° 10383 INFÂNCIA Luta pela boa alimentação A coordenadora nacional da Pastoral da Criança está em Caxias do Sul para incentivar lideranças comunitárias e voluntários a combater a obesidade entre crianças de zero a seis anos. Irmã Vera Lúcia Alto prega a prevenção como forma de combater a doença que se tornou uma epidemia no país. Para isso, quer apoio da comunidade para identificar crianças e gestantes com riscos de desenvolver o problema. Caxias do Sul Houve uma época em que a Pastoral da Criança era mais conhecida como um organismo social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que lutava para proporcionar uma alimentação adequada para crianças pobres e famintas. O tempo passou, a renda das famílias melhorou e a fome tem sido combatida sistematicamente. Porém, esse avanço não significa que os meninos e meninas estão mais saudáveis. Pelo contrário, os efeitos perversos da desnutrição foram substituídos por outra doença preocupante: a obesidade. Ou seja, os pais estão alimentando muito mal seus filhos. Por esse motivo, a coordenadora nacional da Pastoral da Criança, irmã Vera Lúcia Altoé, percorre cidades de todo país. Em Caxias do Sul, ela pretende conscientizar os 503 voluntários da Diocese sobre a urgência de combater a cultura da má-alimentação, começando pelas gestantes. A religiosa também está estimulando líderes comunitários a se integrarem à campanha. Natural de Cachoeiro do Itapemirim (ES) e formada em Pedagogia, Irmã Vera fica na cidade até amanhã. Durante a semana, participou de reuniões com os voluntários ressaltando a importância das hortas caseiras. Segundo ela, o melhor caminho para uma alimentação segura e saudável. No intervalo de um dos compromissos, ela conversou com o Pioneiro sobre a campanha e assuntos relativos à infância. Confira trechos da entrevista. Pioneiro: A Pastoral da Criança enxerga a obesidade como um grande desafio a ser superado? Irmã Vera Lúcia Altoé: Não somos apenas nós que enxergamos. É uma nova recomendação que recebemos do Ministério da Saúde. Antigamente, se colocava a comida na boca da criança para engordar. Na realidade, eram comidas que não faziam bem. A criança desnutrida até os dois anos cresce como qualquer outra, ganhando de 22 a 23 centímetros. Se a criança ficar obesa nessa faixa etária, vai perder seis centímetros de seu crescimento. Esse é um dos conceitos pelo qual se está trabalhando a questão da obesidade. Por isso, a Pastoral da Criança precisa com muita urgência buscar as gestantes no início da gravidez para prevenir. Estamos discutindo nos encontros regionais que, nós, da pastoral, às vezes só acompanhamos crianças com quatro, cinco ou seis anos. Tratamos o filho que já nasceu e o que devia ter sido feito na gestação ficou para trás. Faltam lideranças voluntárias para nos ajudar a buscar a gestante no momento certo. Isso resultará em um pré-natal bem feito, uma alimentação adequada e garantia de pelo menos seis visitas ao posto de saúde. Nesse sentido, estamos capengas. Pioneiro: No passado havia mais lideranças engajadas? Irmã Vera: Na verdade, a população cresce e o número de voluntários diminui. No início da Pastoral da Criança, um líder acompanhava até 30 crianças. Hoje, acompanha de 10 a 12 crianças (porque a entidade não consegue chegar a todas). No Brasil, acompanhamos 20%, mas podia ser mais. Mas não temos perna, braço e coração para abraçar tudo isso. Caxias tem a questão da mobilidade urbana. A população está inflando porque tem pessoas que vêm de outras cidades do Estado. Muitas vezes os líderes do Interior ou das cidades menores perdem suas crianças para uma cidade grande. Mas a cidade grande não consegue capacitar e motivar os líderes para atender toda essa grande quantidade de crianças. Pioneiro: Quais as soluções apontadas pela Pastoral? Irmã Vera: As hortas caseiras e alimentação adequada. O povo brasileiro, de Norte a Sul, de Leste a Oeste se alimenta muito mal. Outro dia eu observava uma criança de uns cinco ou seis meses. A mãe tirava a chupeta, molhava na Coca-Cola e dava na boca da criança. Estamos lutando para que as líderes incentivam as mães a ter pelo menos uns dois pezinhos de couve, uma cenoura, uma cebolinha e uma salsa na comida do dia a dia, ou o que elas gostariam de plantar. Trabalhamos com famílias carentes e sabemos que o espaço nas moradias é limitado. Mas em qualquer lugar daria para plantar alguma coisa. Mudar a mentalidade das pessoas é o mais difícil. Pioneiro: A Pastoral tem outras preocupações? Irmã Vera: Estamos voltando nossa atenção para as políticas públicas. O ideal é que cada município tivesse um articulador de saúde da Pastoral que se fizesse presente nas reuniões de Conselho de Saúde. Pois é ali onde realmente se discute o que a sociedade precisa. Pedimos encarecidamente que os postos de saúde tenham antibióticos. Porque nossas crianças passam por problemas bem difíceis. O que acontece: o médico consulta e dá a receita de antibiótico. Daí a mãe passou a manhã inteira no posto, chega em casa de tarde e só vai comprar o remédio no dia seguinte. Se os postos do SUS tivessem o antibiótico, a criança sairia medicada. Fizemos levantamento em alguns postos e 53% afirmaram dar essa primeira dose ainda no posto. Mas gostaríamos que todas as unidades tivessem. É simples de se resolver e fica-se adiando. Pioneiro: Como convencer o poder público sobre essa necessidade? Irmã Vera: Nós estamos trabalhando com os articuladores de saúde, para que vejam se isso está acontecendo nos postos. O articulador é uma pessoa que é capacitada na Pastoral da Criança e faz esse trabalho junto aos conselhos de saúde. Por exemplo, se teve a morte de uma criança, o articulador estuda a morte e vê as possibilidades de não acontecer um outro óbito na comunidade. Pioneiro: A senhora concorda que os pais estão muito ausentes em relação aos filhos? Irmã Vera: Sinto muita pena das crianças que nascem nesse contexto de Brasil, desse mundo. Outro dia eu estava num ponto de ônibus. Uma mãe carregava uma criança de uns quatro meses e comentou: acordo cedo e deixo ela ainda dormindo no berçário. No final da tarde pego de volta. Esse é um exemplo da dificuldade que os pais enfrentam no dia a dia, pois todos nós precisamos de trabalho. Se realmente tivéssemos políticas públicas de qualidade talvez superaríamos um pouco disso tudo. A renda familiar é muito pequena, então o pai e mãe trabalham para pagar um berçário onde a criança fique o dia inteiro. E com isso, vamos perdendo o sentimento de família. Somos em 10 irmãos e temos uma noção de família muito forte porque fomos educados quase todos juntos na infância. A gente percebe que os pais não têm tempo. Qual é a relação que se cria? Filhos mais distantes. A tendência é o jovem ir para a rua, para a marginalidade. Eu sempre digo aos pais nas reuniões que se debrucem sobre a sua criança, que escutem, que partilhem a vida com ela. Pioneiro: Um bispo do Pernambuco excomungou a mãe e os médicos envolvidos no aborto sofrido por uma menina de 9 anos vítima de um estupro. A Igreja Católica tem uma Pastoral que defende o futuro da criança, mas essa decisão envolvendo um líder da própria Igreja não seria uma contradição? Irmã Vera: Não é uma opinião da Pastoral, e sim minha. Jesus foi muito misericordioso para com as pessoas. Penso que nossa Igreja é santa e pecadora. Tivemos esse lapso doloroso que mexeu com o Brasil. Talvez se a gente pudesse refazer isso (a excomunhão), teria sido diferente. É triste sentir isso, porque Jesus amou, perdoou e passou por cima. Tenho rezado muito pelo bispo porque ele deve estar passando por uma situação muito difícil. Pioneiro: A violência com as crianças parece só aumentar. Estamos intolerantes? Irmã Vera: É o mundo do trabalho, da correria e paramos pouco para escutar a gente mesmo. E nos impulsos que a gente tem, nos desequilibramos. Quem está mais perto é a criança e o adolescente, que sofrem as consequências. Uma criança que só vê pancadaria, brigas e desavenças vai ser uma pessoa bruta. Está faltando algo na vida pessoal de quem agride ou isso acontece por uma questão de cultura. Esses dias alguém me disse: antigamente dizíamos que eram os velhos que morriam. Hoje os idosos vivem mais e os jovens estão morrendo. Pioneiro: Como a senhora percebe a situação de Caxias? O que espera levar daqui? Irmã Vera: Espero que após o encontro a gente possa mudar algumas questões, algumas visões. Caxias não foge das outras realidades. Vimos muita pobreza. Gostaríamos que a Pastoral da Criança daqui se debruçasse sobre essa realidade e fosse até aqueles que ainda não conseguiram sentir esse carinho de Deus pela vida. Porque a Pastoral foi criada para estar ao lado do pobre. Pioneiro: Caxias tem mais de 400 entidades de prevenção. Mas a questão da violência só aumenta. Por que é tão difícil prevenir? Irmã Vera: Temos muitas entidades em todo o Brasil. Mas são poucos os que fazem um trabalho a partir das causas dos mais pobres e excluídos. Para fazer isso, tem que ter muito coração, porque só com esse ardor interior poderemos mudar. Lutamos muito para encontrar voluntários capacitados para responder àquilo a que o pobre precisa. Faz a diferença é quem vai lá na casa e no bairro com o objetivo de modificar o lugar. [[1]] ADRIANO DUARTE Pobreza x obesidade Em janeiro, o Pioneiro mostrou que 8,1% dos meninos e meninas caxienses (com idades entre 0 a 9 anos) apresentam risco de obesidade e somente 1,43% crianças possuem problema de baixo peso. As crianças estão integradas ao Programa Bolsa-Família. - A Pastoral da Criança atua em todo o país com o objetivo de promover o desenvolvimento integral das crianças pobres, de zero a seis anos de idade. Suas ações preventivas abrangem as áreas da saúde, nutrição, educação e cidadania e já beneficiaram milhões de meninos e meninas. - Os trabalhos são realizados por mais de 260 mil voluntários capacitados para a função. Desse total, cerca de 141 mil são líderes comunitários, em sua maioria mulheres, que vivem nas comunidades onde atuam. Os demais formam equipes de apoio, capacitação e coordenação. - O líder comunitário visita mensalmente as famílias, orientando sobre o valor nutritivo dos alimentos, como identificar a desnutrição, fornecendo dicas para o controle de doenças respiratórias e prevenção de acidentes domésticos, entre outras ações simples e acessíveis. - Na Diocese de Caxias do Sul, composta por 26 municípios, atuam 503 voluntários. Como não há pessoas suficientes para atender a demanda, a Pastoral da Criança só consegue acompanhar 27% do total de crianças pobres com até seis anos. Ou seja, 4.441 de um grupo de 16.409 meninos e meninas, segundo censo do IBGE. A irmã Vera Lúcia Altoé repassou a líderes comunitários e voluntários de Caxias e região dicas para prevenir e identificar a obesidade em crianças desnutridas ou não. Confira: - A recomendação é que se a criança estiver desnutrida após os dois anos de idade, ela deve ganhar peso, mas sem subir acima da linha da desnutrição. Pesquisas indicam que se essa criança ganhar peso acima da linha pode se tornar um adolescente ou adulto obeso. Terá mais chance de desenvolver diabetes, pressão alta e problemas cardíacos. - A recomendação é baseada em dois fundamentos. O primeiro diz que até os dois anos, a criança desnutrida recupera peso e altura. Depois dos dois anos, a criança já estabeleceu um canal de crescimento. - Isso significa que ela vai crescer, mas não conseguirá recuperar a altura. Na prática, ficará mais baixinha do que seria se não fosse desnutrida antes dos dois anos. Embora a criança não recupere altura, ela pode ganhar mais peso, ficando acima do ideal. - Os líderes também podem avaliar as crianças com base no bom senso: a criança parece magra? Embora esteja com peso bom para a idade, a criança parece gordinha porque é baixinha?
Autor: ROBERTA MACHADO DA ROSA
Lista Tríplice - 23/11/2008
Lista e ata.
https://si.pastoraldacrianca.org.br/pastcri-dev/arquivos_genericos/imagens/306_231108.PDF
Autor: Douglas A. Jankoski