Critérios para implantação da Pastoral da Criança em outro país

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PASTORAL DA CRIANÇA INTERNACIONAL

Directrices para la aplicación de las acciones de la Pastoral en los países

La Pastoral de la Niñez, con el mismo espíritu de los primeros cristianos, y también como estructura, intenta ser presencia de la Iglesia de Cristo en el mundo de hoy. En la Pastoral de la Niñez anunciamos la Buena Noticia ayudando a mujeres embarazadas, niños y familias a que tomen conciencia de su dignidad de hijos de Dios.

El inicio de la Pastoral de la Niñez en las comunidades se hace por las acciones básicas de salud, nutrición, educación y ciudadanía. La Pastoral de la Niñez debe empezar por : Capacitación de líderes comunitarios, utilizando como principal instrumento el Manual del Líder de la Pastoral de la Niñez.

El Líder de la Pastoral de la Niñez

La experiencia de Brasil, después de veintiséis años de Pastoral da Criança- Pastoral de la Niñez, define el perfil que mejor se ha adecuado a la importante misión del líder comunitario, espina dorsal de todo el trabajo. Así pues, solamente se considera líder comunitario al colaborador que presente el siguiente perfil:

  • Es voluntario.
  • Fue capacitado en el Manual del Líder.
  • Está alfabetizado o cuenta con el apoyo de un alfabetizado.
  • Vive en la comunidad o muy cercano a ella. Al principio, es posible contar con personas de otras comunidades, hasta que se forme un grupo local.
  • Acompaña a las embarazadas y a un máximo de 15 niños pobres, menores de seis años, y a sus familias (madres y padres).
  • Está disponible para las acciones prioritarias del líder de la Pastoral de la Niñez:
  • Visita domiciliaria
  • Celebración de la Vida
  • Reunión para Reflexión y Evaluación
  • Conoce la realidad de la comunidad.
  • Tiene el material educativo básico de la Pastoral de la Niñez.
  • Tiene una manera de ser en la que sobresalen las características de saber escuchar, observar, acatar, sonreír y tener un buen corazón, además de la voluntad de participar en la mejora de las condiciones de vida de las familias pobres.
  • Tiene capacidad de sumar esfuerzos y compartir.
  • Busca el desarrollo integral de los niños, obteniendo como resultados la reducción de la desnutrición, de la obesidad, de la mortalidad infantil y otros (indicadores de las HABS).

ROTEIRO DE IMPLANTAÇÃO

ANTECEDENTES

Tudo começou em 1982, em uma reunião da ONU sobre a paz mundial, na Suíça. James Grant, na época director executivo do UNICEF, sugeriu ao Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns a criação de um projecto de Igreja para combater as altas taxas de mortalidade infantil no Brasil, provocadas principalmente pela diarreia.

Em seu retorno, Dom Paulo procurou sua irmã, a Dra. Zilda Arns Neumann, e propôs-lhe que desenvolvesse o projecto. A CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, indicou, Dom Geraldo Majella Agnelo, na época Arcebispo de Londrina, para acompanhar a Dra. Zilda no desenvolvimento do trabalho.

Em 1983, foi iniciada a Pastoral da Criança, como um projecto-piloto implantado em Florestópolis, Arquidiocese de Londrina, norte do Paraná. Neste pequeno município, onde 74% do trabalho era realizado por lavradores, morriam 127 crianças para cada mil nascidas vivas. Após um ano de atividades, o trabalho dos líderes comunitários da Pastoral da Criança fez este índice cair para 28 mortes para cada mil crianças nascidas vivas.

Em 1984 a Dr.ª. Zilda Arns Neumann foi convidada a apresentar o trabalho aos Bispos do Brasil, em Assembleia-geral da CNBB. Com o seu apoio, a Pastoral da Criança cresceu, e hoje está em todos os estados do Brasil.

MISSÃO

A missão da Pastoral da Criança é continuar o projeto de Jesus que, com sua presença transformadora, anunciava a esperança de um mundo mais humano e solidário: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10).

Uma pessoa se torna parte da família da Pastoral da Criança quando põe em prática a sua fé e vai ao encontro das crianças e gestantes de sua comunidade. É como disse São Tiago: “Meus irmãos, que adianta alguém dizer que tem fé, quando não a põe em prática? Podeis ver, pois, que alguém é justificado com base naquilo que faz e não simplesmente pela fé.” (Tg 2, 14.24).

Mas não é bom que o líder trabalhe só, afinal Jesus “Chamou os Doze, começou a enviá-Ios dois a dois”. (Mc 6, 7). Dois a dois indica que a missão é um serviço comunitário e que os seguidores de Jesus devem ajudar-se uns aos outros em suas atividades. Na Pastoral da Criança, cada líder deve buscar uma pessoa de apoio na comunidade para cumprir sua missão junto às famílias.

Ficar com Jesus significa estar unido a ele, comprometer-se com ele e com o seu projeto de vida para todos.

Pregar é anunciar a boa nova de Jesus: ele veio trazer vida plena para todas as pessoas. Na Pastoral da Criança anunciamos a boa nova ajudando gestantes e famílias a perceberem a sua dignidade de filhos de Deus. À medida que criamos condições para as crianças se desenvolverem, elas vão adquirindo condições dignas de vida plena e realizam o projeto de Jesus.

A espiritualidade que une ação e oração, fé e vida, no trabalho pastoral, ajuda-nos a perceber as maravilhas que Deus opera em nosso meio. Podemos louvar e agradecer a Deus com orações, salmos, cânticos e também com as conquistas no serviço da Caridade Cristã. Deus é Amor, Nele nós encontramos a força para continuar a caminhada!

Como os discípulos, muitos de nós podemos não nos sentir completamente preparados para atuar junto às famílias de nossa comunidade, a fim de cumprir a missão de levar vida plena a todos. Mas é preciso ter a certeza de que Jesus está presente entre pessoas valiosas, que se dispõem a continuar o projeto dele. Jesus nos acompanha, como acompanhou seus discípulos durante o tempo em que esteve com eles (Cf. Mc 16, 20).

Informações Complementares: Guia do Líder da Pastoral da Criança, páginas 09 a 17 e páginas 293 a 297.

ESTRUTURA DA ORGANIZAÇÃO

A Pastoral da Criança do Brasil é um Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB. A Pastoral da Criança, na CNBB, faz parte da Comissão Episcopal para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz.

A Pastoral da Criança segue as diretrizes da CNBB e está relacionada com a Comissão Episcopal Pastoral que a CNBB designar.

A Estrutura própria da Pastoral da Criança foi desenvolvida para facilitar a articulação e agilizar as actividades.

Coordenação Nacional – Apoia o desenvolvimento das actividades da Pastoral da Criança no país.

Coordenação Diocesana/Setor – É responsável por diversas paróquias/ramos da Pastoral da Criança e está sempre vinculada a uma Diocese. Na Diocese poderá haver uma ou mais Coordenações de Diocese/Setor, conforme a necessidade.

Coordenação de Paróquia/Ramo – Um ramo é responsável por diversas comunidades com Pastoral da Criança, geralmente equivale a uma Paróquia.

Em certas Paróquias podem haver dois ou mais ramos. A criação de um Ramo se dará a pedido do Coordenador de Setor e deverá estar ligado a uma Paróquia.

Comunidade – Grupo que habita determinada região, qualquer conjunto habitacional considerado como um todo, em virtude de aspectos geográficos, económicos e/ou culturais comuns.

Informações Complementares: Guia do Líder da Pastoral da Criança, páginas 298 a 300. Manual de Missão do Coordenador da Pastoral da Criança, páginas 18 e 19; páginas 21 a 23; e página 28.

O LÍDER COMUNITÁRIO

Os líderes comunitários realizam o acompanhamento mensal de crianças de 0 a 6 anos e de gravidas em suas comunidades, através de um trabalho voluntário, em média, o líder disponbiliza 24 horas por mês do seu tempo para realizar esse trabalho. Para realizar esse trabalho o líder recebe material educativo e capacitação.

Equipe de Apoio: Além do líder, outras pessoas da comunidade também participam e ajudam no trabalho da Pastoral da Criança. Caso uma pessoa não tenha disponibilidade de assumir as acções do líder ele pode fazer parte da Pastoral da Criança como equipa de apoio e ajudar as coordenações da Pastoral da Criança em outras acções distintas do trabalho do líder. Como por exemplo, ajudar no dia da celebração da vida (dia do peso), ajudar na organização das capacitações, ajudar na organização de reuniões na comunidade, e ajudar em outras actividades da Pastoral da Criança na comunidade.

Informações Complementares: Guia do Líder da Pastoral da Criança, páginas 09 a 12 e Manual de Missão do Coordenador da Pastoral da Criança, página 20.

ANTECEDENTES DO TRABALHO DA PASTORAL DA CRIANÇA EM OUTROS PAÍSES

Nos últimos 25 anos a Pastoral da Criança já transferiu sua metodologia para 19 países sendo na América Latina: Argentina, Bolívia, Colombia, Equador, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Guatemala, panamá, República Dominicana, Honduras e México, na África: Angola, Guiné, Guiné-Bissau, Guiné e Moçambique e na Ásia: Filipinas e Timor Leste.

Durante esses longos anos de experiência observa-se a necessidade de se observar alguns passos para que possamos implantar a metodologia da Pastoral da Criança em outros países.

1. INTRODUÇÃO DA PASTORAL DA CRIANÇA NO PAÍS: Contato do dirigente da Pastoral da Criança Internacional com o bispo responsável pela diocese, explicando a missão e os objetivos da Pastoral da Criança, para, então, com sua autorização, implantar as ações da Pastoral da Criança conforme a organização e metodologia da mesma.

Para implantar a Pastoral da Criança faz-se necessário identificar duas ou mais pessoas voluntárias em uma Diocese, indicadas e/ou aceitas pelo Bispo que deverão ficar, inicialmente, responsáveis pela implantação da Pastoral da Criança em sua Diocese. Essas duas pessoas formarão, inicialmente, a equipe de capacitação e terão as seguintes atribuições:

a) realizar diagnóstico da região e das comunidades, priorizando as comunidades e famílias mais pobres com objetivo de sensibilizar a comunidade para as ações da Pastoral da Criança;

b) identificar lideranças nas comunidades e buscar pessoas que tenham perfil para atuar como coordenadores paroquiais e líderes.

c) Capacitar líderes comunitários no Guia do Líder da Pastoral da Criança.

d) A Coordenação da Pastoral da Criança Internacional enviará missionários, quando necessário, para implantar as ações básicas de saúde, nutrição e educação nas comunidades com enfoque principal no uso do Guia do Líder, caderno do líder e Folhas de Acompanhamento das Ações Básicas de Saúde e Nutrição dentro do método já testado no Brasil.

PARÓQUIA – COMUNIDADE — FAMILIA (a pessoa de referência visita as famílias que que tem crianças de 0 a 6 anos e anota em um papel)

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  • LÍDERES ( a pessoa na visita identifica os possíveis líderes que possam participar daa capacitação de líderes. É importante ter uma data marcada de capacitação de líderes.)

Informações Complementares: Guia do Líder da Pastoral da Criança, páginas 298 a 300 Manual de Missão do Coordenador da Pastoral da Criança, páginas 21 a 23.

2. CAPACITAÇÃO: Toda a metodologia da Pastoral da Criança é baseada em um processo contínuo de formação e capacitação das lideranças e das pessoas envolvidas no trabalho. Primeiro Processo de Capacitação – Para as pessoas que conduzirão o processo inicial: As duas pessoas identificadas e aceitas pelo Bispo, quando novas na Pastoral da Criança serão capacitadas pela PCI no Guia do Líder da Pastoral da Criança para que entendam como funciona a metodologia da Pastoral da Criança nas comunidades, conhecendo a mística e a necessidade de uma boa coleta de informação. Essas duas pessoas tambem receberão uma capacitação em missão e gestão da Pastoral da Criança.

Informações Complementares: Guia do Líder, página 6 a 8 e Manual de Missão do Coordenador da Pastoral da Criança, páginas 29, 130 e 131.

3. MATERIAL EDUCATIVO: A Pastoral da Criança Internacional fornecerá material educativo preliminar para a implantação. Este material será, inicialmente, testado por seis meses. Após este prazo, será reescrito respeitando a cultura específica do país. Para isto:a) A PCI entrará em contato com Ministério da Saúde, escritórios nacionais do UNICEF e OMS, sociedades científicas (Pediatria e Ginecologia/obstetrícia) e Universidades a fim de pedir colaboração na adaptação do material para o país. b) O novo material será testado pela equipe de capacitação dentro do método já utilizado pela Pastoral da Criança do Brasil e em pelo menos 3 comunidades; c) no país deverá ter uma pessoa responsável pela testagem do material educativo junto às comunidades. Esta pessoa estabelecerá uma ponte entre a cultura e a ciência, dentro do contexto comunitário. d) A Coordenação da Pastoral da Criança Internacional disponibilizará uma pessoa que será responsável pelo acompanhamento do processo de testagem do material junto ao país.

Informações Complementares: Manual de Missão do Coordenador da Pastoral da Criança, páginas 32 e 33.

4.SISTEMA DE INFORMAÇÃO: O sistema de informação somente será implantando após a testagem do material educativo, porém todos os instrumentos de acompanhamento (caderno do líder, FABS e fichas de capacitação) deverão ser utilizados desde a implantação na primeira comunidade. Enquanto o sistema de informação não for informatizado no país, as informações das FABS – Folha de Acompanhamento das Ações Básicas de Saúde e Nutriçao deverão ser enviadas, por correio, por meio eletrônico ou até mesmo digitalizadas/fotografadas para serem digitadas no Brasil. Será acordado o meio utilizado para que as informações cheguem mensalmente à Coordenação Internacional da Pastoral da Criança. Após a testagem do material e a consolidação das ações da Pastoral da Criança no país o sistema de informação será informatizado da seguinte forma: a) disponibilização de infraestrutura: computador com acesso à internet; b) disponibilidade de no mínimo duas pessoas no país para serem treinadas; c) a Coordenação da Pastoral da Criança Internacional enviará uma pessoa ao país para capacitação de pessoas no Sistema de Informação.

Informações Complementares: Manual de Missão do Coordenador da Pastoral da Criança, páginas 54 a 56.

5. RECURSOS FINANCEIROS: Todo e qualquer recurso financeiro deverá ser utilizado exclusivamente para o desenvolvimento das ações da Pastoral da Criança no país. Sempre que for utilizado recurso financeiro, independente da origem, para desenvolver as ações da Pastoral da Criança deve ser prestado contas.

Prestar contas significa comprovar com recibos e notas fiscais as despesas

realizadas, bem como informar a finalidade de uso.. Os documentos originais ficarão arquivados em boa ordem no país e enviadas cópias por meio eletrônico para a Coordenação da Pastoral da Criança Internacional. Para isso é imprescindivel que cada país tenha pessoas designadas pelo Bispo para administrar e prestar contas dos recursos da Pastoral da Criança. a) A Coordenação Internacional (verificar isso) poderá apoiar ações de capacitação, sendo que os recursos serão utilizados basicamente para pagamento de despesas de alimentação, transporte, hospedagem, material didático e de consumo. b)Deverá haver uma pessoa de referência pela Pastoral da Criança Internacional em cada país. Esta pessoa poderá ser paga pela Pastoral da Criança Internacional. c) Outras solicitações de recursos serão analisadas pela Coordenação da Pastoral da Criança Internacional.

Informações Complementares: Manual de Missão do Coordenador da Pastoral da Criança, páginas 33 a 38.

6. APOIO AOS PAISES: A Coordenação da Pastoral da Criança Internacional dará apoio aos países acompanhando todos os passos de implantação e sempre que necessario serão realizadas visitas de assessoria. Estas visitas serão estudadas pela coordenação internacional da Pastoral da Criança considerando as necessidades, disponibilidades e critérios estabelecidos para implantação da Pastoral da Criança no país.