Campanha para promover o Aleitamento Materno

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Campanha para promover o Aleitamento Materno

O leite materno é um alimento perfeito que Deus colocou à disposição nos primeiros anos de vida da criança. Permanentemente, a Pastoral da Criança promove o aleitamento materno exclusivo até os seis meses, e, em seguida, continuar com outros alimentos. Isso protege o bebê contra doenças, desenvolve melhor e fortalece a criança.

Durante as visitas domiciliares, as líderes da Pastoral da Criança devem orientar as gestantes sobre a importância da amamentação, antes mesmo do nascimento nascimento do bebê. Durante a gestação, ela deve iniciar o preparo das mamas para alimentar seu bebê. O líder reforça as vantagens que o aleitamento materno traz para a criança, para a mãe e par a família em geral.

leite materno é o único alimento que o bebê precisa nos 6 primeiros meses de vida. Ele possui todos os nutrientes que a criança necessita para crescer e se desenvolver. A amamentação reforça a ligação da mãe com seu bebê. Em cada mamada mãe e bebê vão se conhecendo mais, se gostando mais.

O leite materno aumenta as defesas do corpo do bebê protegendo-o contra a diarréia e outras doenças. Após os 6 meses é necessário iniciar a introdução de sucos e outros alimentos. A papa de frutas, legumes ou cereais deve ser feita com alimentos da região e dada nos intervalos entre cada mamada. É muito importante a higiene das mãos e dos utensílios que serão utilizados para alimentar o bebê.

Os líderes da Pastoral da Criança também são orientados a utilizar as Cartelas Laços de Amor ao visitar a gestante. As cartelas contém informações importantes, além de ser um presente da líder para a gestante.

Mamilos planos ou invertidos

Mamilos planos ou invertidos podem dificultar o início da amamentação, mas não necessariamente a impedem, pois o bebê pode fazer o “bico” com a aréola. Para comprovar se os mamilos são invertidos pressiona-se a aréola entre o polegar e o dedo indicador: se o mamilo for invertido, ele se retrai; caso contrário, não é mamilo invertido. Para a mãe que tem mamilos planos ou invertidos conseguir amamentar com sucesso, é fundamental que receba ajuda logo após o nascimento do bebê. As medidas a serem tomadas são:

• Transmitir à mãe que com paciência e perseverança o problema poderá ser superado e que com a sucção do bebê os mamilos vão se tornando mais propícios à amamentação.

• Orientar as mães a ordenhar seu leite enquanto o bebê não sugar efetivamente, para manter a produção do leite e deixar as mamas macias, facilitando a pega. O leite ordenhado deve ser oferecido ao bebê, de preferência em copinho.

• Auxiliar a mãe quando o bebê não consegue abocanhar o mamilo e parte da aréola, orientando técnicas que favoreçam a pega. É muito importante que a aréola esteja macia.

• Tentar diferentes posições para ver em qual delas a mãe e o bebê adaptam-se melhor.

• Orientar a mãe para utilizar manobras que podem ajudar a aumentar o mamilo antes das mamadas, tais como simples estímulo manual do mamilo, compressas frias nos mamilos e sucção com bomba manual ou seringa de 10 ou 20mL adaptada (cortada para eliminar a saída estreita e com o êmbolo inserido na extremidade cortada). Recomenda-se essa técnica antes das mamadas e também nos intervalos. O mamilo deve ser mantido em sucção por 30 a 60 segundos, ou menos se houver desconforto. A sucção não deve ser muito vigorosa para não causar dor ou mesmo machucar os mamilos.

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• Excepcionalmente pode se lançar mão dos intermediários de silicone, quando todas as tentativas de fazer a criança sugar na mama se mostraram ineficientes. Tal artefato deve ser utilizado pelo menor tempo possível, enquanto o problema está sendo resolvido, pois a criança pode se tornar dependente de seu uso. Para que não haja interferência na transferência do leite da mama para a criança e nos níveis maternos de prolactina, recomenda- se o uso de intermediários com camada fina de silicone. Deve-se evitar intermediários mais espessos, de borracha ou de látex.

Ingurgitamento mamário

Ingurgitamento discreto é um sinal positivo de que o leite está “descendo”, não sendo necessária qualquer intervenção. No ingurgitamento patológico, a mama fica excessivamente distendida, o que causa grande desconforto, às vezes acompanhado de febre e mal-estar. Pode haver áreas difusas avermelhadas, edemaciadas e brilhantes. Os mamilos ficam achatados, dificultando a pega do bebê, e o leite muitas vezes não flui com facilidade, devido ao edema e à viscosidade aumentada do leite represado.

As medidas a serem adotadas no manejo do ingurgitamento mamário incluem:4

• Ordenha manual da aréola, se estiver tensa, antes da mamada, para que fique macia, facilitando a pega adequada do bebê. A ordenha deve ser delicada.

• Mamadas frequentes, sem horários pré-estabelecidos (livre demanda).

• Massagens delicadas das mamas, com movimentos circulares, particularmente nas regiões mais afetadas pelo ingurgitamento; elas fluidificam o leite viscoso acumulado, facilitando sua retirada, e são importantes estímulos do reflexo de ejeção do leite.

• Uso de analgésicos sistêmicos. Ibuprofeno é considerado o mais efetivo, auxiliando também na redução da inflamação e do edema.5 Paracetamol ou dipirona podem ser usados como alternativas.

• Suporte para as mamas, com o uso ininterrupto de sutiã com alças largas e firmes, para alívio da dor e manutenção dos ductos em posição anatômica.

• Compressas frias (ou gelo envolto em tecido) nas mamas nos intervalos ou logo após as mamadas; em situações de maior gravidade, podem ser feitas de 2 em 2 horas. Importante: o tempo de aplicação das compressas frias não deve ultrapassar 20 minutos, devido à possibilidade de efeito rebote.

• Se o bebê não sugar, a mama deve ser ordenhada manualmente ou com bomba de extração de leite. O esvaziamento da mama é essencial para dar alívio à mãe, diminuir a pressão dentro dos alvéolos, aumentar a drenagem da linfa e do edema e não comprometer a produção do leite, além de prevenir a ocorrência de mastite.

São medidas eficazes na prevenção do ingurgitamento mamário:

• Início do AM logo após o parto.

• Amamentação em livre demanda.

• Técnica de amamentação adequada.

• Abstenção do uso de suplementos (água, chás e outros tipos de leite).

Referência Bibliográfica:

Atenção à Saúde do Recém-Nascido Guia para os Profissionais de Saúde (páginas 135,136,137)

Atenção Recem Nascido Guia Profissionais Saúde volume 1

Relação do uso de medicações e o aleitamento materno

É muito frequente o uso de medicamentos e outras substâncias por mulheres que estão amamentando. A maioria é compatível com a amamentação; poucos são os fármacos formalmente contraindicados e alguns requerem cautela ao serem prescritos durante a amamentação, devido aos riscos de efeitos adversos nos lactentes e/ou na lactação. No entanto, com frequência os profissionais de saúde recomendam a interrupção do aleitamento materno quando as mães são medicadas, muitas vezes porque desconhecem o grau de segurança do uso das diversas drogas (também referidas como medicamentos ou fármacos) durante o período de lactação. Por isso,cabe ao profissional de saúde, antes de tomar qualquer decisão, buscar informações atualizadas para avaliar adequadamente os riscos e os benefícios do uso de uma determinada droga em uma mulher que está amamentando. Visando uma melhor orientação em anexo o estudo MINISTÉRIO DA SAÚDE - Secretaria de Atenção à Saúde - Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas 2010.

Uso de Medicações e o Aleitamento Materno