ProjetoMGeES
Índice
- 1 Estados Minas Gerais e Espirito Santo
- 2 Relatórios Projeto Vale MG e ES
- 3 Situação Financeira
- 4 Fotos das Atividades nos Municípios
- 5 Liberação de Parcelas
- 5.1 Reunião em Curitiba 31/10 e 01/11 2013
- 5.2 Reunião em Curitiba de 26 a 28 de Março de 2014
- 5.3 Plano de Ação
- 5.4 Reunião em Curitiba 27, 28 e 29 de agosto de 2.014
- 5.5 Plano de Ação
- 5.6 Reunião em Belo Horizonte, 04, 05 e 06 de março de 2015.
- 5.7 Plano de Ação
- 5.8 Reunião em Belo Horizonte, 14, 15 e 16 de agosto de 2015.
- 5.9 Plano de Ação
- 5.10 Reunião em Vitória, 31 de março a 03 de abril de 2016.
- 5.11 Plano de Ação
- 5.12 Reunião em Vitória, 21 a 23 de outubro de 2016.
- 5.13 Plano de Ação
- 5.14 Reunião em Belo Horizonte, 09 a 11 de maio de 2017.
- 5.15 Plano de Ação
- 6 Acompanhamento dos municípios contemplados para desenvolver as ações da Pastoral da Criança
- 7 1. OBJETO
- 8 2. JUSTIFICATIVA
- 9 3. OBJETIVOS
- 10 4. METODOLOGIA
- 11 5. ESTRATÉGIA DE ATUAÇÃO
- 12 6. RESULTADOS E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
- 13 7 – PREVISÃO DE RECEITAS E DESPESAS
Estados Minas Gerais e Espirito Santo
Relatórios Projeto Vale MG e ES
- 1º Relatório Projeto Vale Fevereiro_14
- 2º Relatório Projeto Vale Junho_14
- 3º Relatório Projeto Vale Setembro_14
- 4º Relatório Projeto Vale Dezembro_14
- 5º Relatório Projeto Vale março_15
- 6º Relatório Projeto Vale junho_15
- 7º Relatório Projeto Vale setembro_15
- 8º Relatório Projeto Vale Dezembro_15
Situação Financeira
- Memória de Cálculo
Fotos das Atividades nos Municípios
- Fotos de Março a Abril 2014
- Fotos de Junho a Agosto 2014
- Fotos de setembro a novembro 2014 (rel. nº 4)
- Fotos de dezembro a fevereiro 2015 (rel. nº 5)
- Fotos de março a maio de 2015 (rel. nº 6)
- Fotos de junho a agosto de 2015 (rel. nº 7)
- Fotos de setembro a novembro de 2015 (rel. nº 8)
Contrato
Liberação de Parcelas
Parcela | Valor | Data de depósito |
1ª | R$102.500,00 | 04/12/2013 |
2ª | R$102.500,00 | 25/04/2014 |
3ª | R$102.500,00 | 02/07/2014 |
4ª | R$102.500,00 | 29/09/2014 |
TOTAL | R$410.000,00 | --- |
- Recibo 1ª Parcela Comprovante 1ª Parcela Recibo 2ª Parcela Comprovante 2ª Parcela Recibo 3ª Parcela Recibo 4ª Parcela
Reunião em Curitiba 31/10 e 01/11 2013
- Projeto deu início 3ºTrimestre de 2.013.
- Apresentação Nº de Acompanhamentos Planilha de Metas
Reunião em Curitiba de 26 a 28 de Março de 2014
- Apresentação Metas e Resultados Relatório Resultados por Municípios
Plano de Ação
- Itabira Belo Horizonte-N.Sra Esperança/Piedade Governador Valadares Mariana Colatina Vitória Modelo Plano de Ação
Reunião em Curitiba 27, 28 e 29 de agosto de 2.014
- Apresentação Metas e Resultados
- Relatório Resultados por Municípios
- Planilha de Metas
Plano de Ação
- BH-Esperança/Piedade
- BH-Conceição/Guia
- Colatina
- Governador Valadares
- Itabira-Coronel Fabriciano
- Mariana
- Vitória
Reunião em Belo Horizonte, 04, 05 e 06 de março de 2015.
- Apresentação Metas e Resultados
- Relatório Resultados por Municípios
- Planilha de Metas
Plano de Ação
- BH-Esperança/Piedade
- BH-Conceição/Guia
- Colatina
- Governador Valadares
- Itabira-Coronel Fabriciano
- Mariana
- Vitória
- Almenara
- Arquidiocese BH
- Paraopeba
Reunião em Belo Horizonte, 14, 15 e 16 de agosto de 2015.
- Apresentação Metas e Resultados
- Relatório Resultados por Municípios
- Planilha de Metas
- Metas assumidas para 2016
Plano de Ação
- BH-Esperança/Piedade
- BH-Conceição/Guia (Aliana)
- BH-Conceição/Guia (Edsonia)
- Colatina
- Governador Valadares
- Itabira - Coronel Fabriciano
- Mariana
- Vitória
Reunião em Vitória, 31 de março a 03 de abril de 2016.
- Apresentação Metas e Resultados
- Relatório Resultados por Municípios
- Planilha de Metas
- Metas assumidas para setembro de 2016
Plano de Ação
- BH-Esperança/Piedade
- BH-Aparecida/Paraopeba
- BH-Conceição/Guia
- Colatina
- Governador Valadares
- Itabira - Coronel Fabriciano
- Vitória
- Mariana
Reunião em Vitória, 21 a 23 de outubro de 2016.
- Apresentação Metas e Resultados
- Relatório Resultados por Municípios
Plano de Ação
- BH-Esperança/Piedade
- BH-Aparecida/Paraopeba
- BH-Conceição/Guia
- Colatina
- Governador Valadares
- Itabira - Coronel Fabriciano
- Vitória
- Mariana
Reunião em Belo Horizonte, 09 a 11 de maio de 2017.
Plano de Ação
- BH-Esperança/Piedade
- BH-Aparecida/Paraopeba
- BH-Conceição/Guia
- Colatina
- Governador Valadares
- Itabira - Coronel Fabriciano
- Vitória
- Mariana
Acompanhamento dos municípios contemplados para desenvolver as ações da Pastoral da Criança
Nº setor | Nome do setor | Nome do município | Estado | Acompanhamento Nacional |
181 | BeloHorizonteNSraEsperanca/PiedadeExpansao | Belo Horizonte | MG | Jaqueline |
181 | Sabará | MG | Jaqueline | |
181 | Caeté | MG | Jaqueline | |
190 | BeloHorizonte/NossaSraDaConceicao/GuiaExpansao | Santa Luzia | MG | Jaqueline |
164 | GovernadorValadaresExpansao | Conselheiro Pena | MG | Jaqueline |
164 | Governador Valadares | MG | Jaqueline | |
164 | Tumiritinga | MG | Jaqueline | |
164 | Resplendor | MG | Jaqueline | |
164 | Periquito | MG | Jaqueline | |
164 | Itueta | MG | Jaqueline | |
164 | Aimorés | MG | Jaqueline | |
166 | Itabira – Coronel Fabriciano | Bela Vista de Minas | MG | Jaqueline |
166 | Belo Oriente | MG | Jaqueline | |
166 | Rio Piracicaba | MG | Jaqueline | |
166 | Antonio Dias | MG | Jaqueline | |
166 | Coronel Fabriciano | MG | Jaqueline | |
166 | Ipatinga | MG | Jaqueline | |
166 | Itabira | MG | Jaqueline | |
166 | João Monlevade | MG | Jaqueline | |
166 | Nova Era | MG | Jaqueline | |
166 | Santana do Paraíso | MG | Jaqueline | |
166 | Timóteo | MG | Jaqueline | |
163 | MarianaExpansao | Barão de Cocais | MG | Jaqueline |
163 | Congonhas | MG | Jaqueline | |
163 | Mariana | MG | Jaqueline | |
163 | Ouro Preto | MG | Jaqueline | |
163 | Santa Barbara | MG | Jaqueline | |
208 | ColatinaExpansao | Aracruz | ES | Jaqueline |
208 | Colatina | ES | Jaqueline | |
208 | Baixo Guandú | ES | Jaqueline | |
208 | Ibiraçu | ES | Jaqueline | |
208 | João Neiva | ES | Jaqueline | |
205 | VitoriaExpansao | Fundão | ES | Jaqueline |
205 | Cariacica | ES | Jaqueline | |
205 | Serra | ES | Jaqueline |
- Recibo 1ª Parcela MG e ES
- Comprovante da 1ª Parcela
1. OBJETO
“Acompanhar e capacitar as equipes de missionários da Pastoral da Criança e líderes comunitários voluntários com vistas à implantação e acompanhamento das ações de atenção básica, nutrição, cidadania e educação em comunidades pobres dos municípios de referência.”
A Pastoral da Criança nasceu em 1983, a partir da convicção da Dra. Zilda Arns Neumann de que a maior parte das doenças e mortes infantis no Brasil poderiam ser facilmente evitadas por meio de tecnologias simples e de baixo custo. Desde que surgiu, a Pastoral da Criança desenvolve com sucesso ações junto às comunidades mais pobres, e contribui para que cada pessoa se torne sujeito de transformação social, utilizando ações simples e que possam ser realizadas pelas famílias, garantindo que “todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10).
A Pastoral da Criança desenvolve uma série de ações básicas em favor da gestante e do desenvolvimento integral da criança. O líder comunitário visita mensalmente as famílias acompanhadas, orientando-as sobre o valor nutritivo dos alimentos, a prevenção de doenças, a identificação dos sinais de perigo para a saúde, os ganhos do aleitamento materno, controle de doenças respiratórias e diarreia, uso do soro caseiro, prevenção de acidentes domésticos, a melhoria de oportunidades para o desenvolvimento infantil, entre outras ações simples, baratas e facilmente replicáveis. Após a visita, as famílias levam suas crianças para participar do Dia da Celebração da Vida, dia do mês em que as crianças são pesadas na comunidade e os brinquedistas voluntários organizam espaço para elas brincarem.
Os índices de Mortalidade Infantil das crianças acompanhadas pela Pastoral da Criança têm se mantido estáveis nos últimos anos. No ano de 2012, o índice de mortalidade infantil na Pastoral da Criança foi de 9,3 mortes por mil crianças nascidas vivas (dados do 3º trimestre de 2012).
As ações preventivas de saúde e nutrição das crianças pobres realizadas pelos voluntários da Pastoral da Criança estão entre os principais programas e iniciativas que contribuíram para melhorar a saúde infantil no Brasil, nas últimas três décadas. O reconhecimento é confirmado no artigo “Saúde de mães e crianças no Brasil: progressos e desafios”, do professor Cesar G. Victora, da Universidade Federal de Pelotas (RS) e outros autores, que integra a série Saúde no Brasil, publicada online pela revista The Lancet (maio de 2011).
A saúde e a nutrição das crianças brasileiras melhoraram rapidamente a partir dos anos 1980, avalia o estudo. Além do crescimento econômico, urbanização, e evolução para o sistema de saúde único, contribuíram para elevar os indicadores nesta área os programas voltados para a saúde materna e nutrição infantil. A primeira Meta do Milênio (redução pela metade do número de crianças subnutridas entre 1990 e 2015) já foi alcançada. A Meta número quatro (redução de dois terços dos coeficientes de mortalidade de crianças menores de 5 anos) provavelmente será alcançada dentro de dois anos, prevê os autores.
De acordo com o artigo, entre mais de 50 programas e iniciativas para melhorar a saúde infantil, sua fonte de dados aponta que os melhores efeitos foram atribuídos “a programas específicos (promoção de imunização, amamentação e alojamento conjunto) e às melhorias no acesso aos cuidados preventivos e curativos de saúde, incluindo o SUS, o Programa de Agentes Comunitários de Saúde e a Pastoral da Criança.”
O sistema de informação da Pastoral da Criança garante uma avaliação constante e propositiva para superar os problemas com as crianças e famílias acompanhadas. A Pastoral da Criança acompanha 1.338.915 crianças menores de 6 anos, 73.348 gestantes, 1.085.345 famílias, trabalho este realizado por 114.782 líderes comunitários atuantes em 3.896 municípios brasileiros (dados do 3º trimestre de 2012).
Dados como estes mostram que, de maneira sistemática e organizada, desenvolvendo a solidariedade humana e a multiplicação do saber, as comunidades são capazes de se tornarem agentes de sua própria transformação. É desta maneira, formando redes de solidariedade humana que se consegue reduzir a mortalidade infantil, controlar a desnutrição e educar as famílias, especialmente a mulher, como agente de transformação de sua família e da comunidade.
Este projeto tem como objetivo criar condições para a sobrevivência e desenvolvimento integral das crianças, por meio da orientação e acompanhamento das famílias pobres, com ações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania. A meta – direcionada a crianças de zero a seis anos e a gestantes – é de reduzir a mortalidade infantil, as doenças de maior incidência na infância, a anemia, a desnutrição; eliminar a hanseníase; promover a saúde bucal; mobilizar a sociedade por meio dos programas de rádios locais e jornal mensal, e formar articuladores de políticas públicas nas áreas de saúde, direitos e cidadania.
2. JUSTIFICATIVA
A maior parte dos problemas de saúde podem ser solucionados na família e na comunidade desde que as pessoas aprendam a identificar as doenças e os sinais de perigo, a se organizar e procurar os recursos o mais cedo possível. Para tanto, a educação em saúde é fator indispensável para promover os cuidados das pessoas com a sua própria saúde, consequentemente melhorando a saúde de sua família e de sua comunidade. A Pastoral da Criança, por meio dos líderes e apoio de todos os seus parceiros, contribui para que a morbimortalidade infantil seja reduzida em todas as regiões do Brasil.
O trabalho tem seu foco na organização da comunidade e capacitação dos líderes voluntários que ali vivem e assumem a tarefa de orientar e acompanhar entre 10 e 15 crianças vizinhas, em ações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania, para que elas se tornem sujeitos de sua própria transformação pessoal e social.
Outros resultados que merecem destaque são a educação para uma cultura de paz, a redução da violência e da marginalidade, a alfabetização de jovens e adultos, geração de renda, a comunicação social, as avaliações feitas pelas comunidades dos dados disponibilizados pelo sistema de informação, gerando lições de cidadania no seio das comunidades. É uma maneira eficaz de prevenir, na família, o abandono das crianças, que gera a busca da sobrevivência nas ruas, e gerar uma cultura que cuida do ser humano, do meio ambiente, da vida em sua plenitude para a construção da sociedade justa e fraterna. Esta construção coletiva das pessoas e da sociedade depende das ações integradas com todos os segmentos sociais, de modo especial com o poder público e sua função constitucional de garantir os direitos de todos os cidadãos.
A Pastoral da Criança está comprometida com ações de saúde de fácil compreensão e capazes de serem realizadas em larga escala por pessoas com baixa escolaridade. A capacitação inicial de todas as pessoas que vão atuar na Pastoral da Criança é em média 52 horas, e o livro de referência é o Guia do Líder. Esta capacitação é a base para o trabalho do líder voluntário e porta de entrada para as outras capacitações, que têm um tempo menor e variam de 8 a 20 horas, em média. Todos os materiais educativos da Pastoral da Criança chegam às mãos dos voluntários acompanhados de capacitação. As estratégias para o envolvimento do voluntário estão fundamentadas na realidade de vida das pessoas. Dentre as condições para o exercício do trabalho voluntário estão materiais educativos apropriados e simples, valorização das habilidades e conhecimento das pessoas, promoção das atividades o mais próximo de casa, avaliação dos resultados e celebração das conquistas.
3. OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral:
Reduzir a Mortalidade Infantil: A Pastoral da Criança tem compromisso, desde a sua fundação, com a redução da mortalidade infantil e a melhora da saúde materna, tendo obtido resultados muito expressivos nos seus 27 anos de existência. O Brasil foi o país que mais conseguiu diminuir a mortalidade infantil no mundo, nos últimos 15 anos. O trabalho da Pastoral da Criança nas áreas de maior pobreza contribuiu significativamente para a redução, assim como as ações de saúde e de atenção básica do sistema de saúde público, em especial a descentralização do SUS. A média da mortalidade de crianças menores de 1 ano acompanhadas pela Pastoral da Criança é de 9,3 em cada mil nascidos vivos. Por meio da formação de articuladores de políticas públicas na área de saúde, a Pastoral da Criança atua junto aos Conselhos de Saúde, com estudos sobre a mortalidade infantil para evitar que outras mortes por causas semelhantes venham a acontecer. Também estimula a participação da família e da comunidade aumentando o comprometimento local em melhorar a qualidade de vida das crianças e das famílias, por meio do controle social.
3.2 Objetivos Específicos:
a) Combater as infecções perinatais: O grande desafio para continuar avançando na redução da mortalidade infantil é combater as infecções perinatais, principal causa da mortalidade no Brasil. Os primeiros 28 dias de vida da criança, mais precisamente a primeira semana de vida, são os mais críticos. Nesse período aconteceram 30% das mortes de crianças menores de 1 ano na Pastoral da Criança, nos últimos anos;
b) Combater as Infecções Respiratórias Agudas: A segunda maior causa de morte entre as crianças acompanhadas pela Pastoral da Criança são as Infecções Respiratórias Agudas, responsáveis por cerca de 9,79% das mortes. Além das ações na comunidade, a Pastoral da Criança promove o acesso à primeira dose imediata do antibiótico nas unidades básicas de saúde;
c) Combater a anemia, a desnutrição e a obesidade das crianças: educação e incentivo para o uso de alimentação enriquecida e variada, regional, de baixo custo e bom paladar, e atenção com a higiene pessoal e ambiental;
d) Participar da redução da mortalidade materna: a Pastoral da Criança contribui para o acesso à informação e aos serviços de saúde de qualidade, especialmente durante o pré-natal, o parto e os dias logo após ao nascimento. Os voluntários da Pastoral da Criança dão apoio integral às gestantes, orientam e supervisionam a condição nutricional das futuras mães, e valorizam a vida desde a concepção. Os voluntários as encaminham para as consultas de pré-natal e as preparam para o aleitamento;
e) Incentivar o aleitamento materno exclusivo até os seis meses;
f) Incentivar a reidratação oral e encaminhamento precoce ao serviço de saúde;
g) Identificar precocemente sinais e sintomas das doenças mais comuns na infância;
h) Estimular a vacinação de rotina das gestantes e crianças, conforme as normas do Ministério da Saúde.
i) Fomentar a participação nas Conferências e Conselhos de Saúde. A saúde depende de cuidados pessoais, da ajuda dos outros e do esforço coletivo. As Conferências e Conselhos de Saúde são espaços públicos que permitem avanços para o SUS. A Constituição Federal garante a presença da comunidade nas reuniões dos conselhos, como conselheiro de saúde ou como ouvinte ou colaborador. Isso significa que participar do conselho de saúde é um direto e um dever.
j)Contribuir com as ações de atenção nos primeiros 1.000 dias de vida. Este período pode afetar nossa saúde para sempre. Há 20 anos, o Dr. David Barker mostrou pela primeira vez que pessoas que nasceram com baixo peso tinham maior risco de desenvolver doenças cardíacas coronarianas. Em 1995, o BMJ (British Medical Journal) chamou a pesquisa de Hipótese de Barker. Estamos acostumados a pensar nas doenças crônicas como se fossem doenças infecciosas, cada qual com um agente patogênico. Devemos pensar nas doenças crônicas sob um novo paradigma: muitas delas tem sua origem nos primeiros 1.000 dias de vida: 270 dias de gestação, e 2 x 365 dias após o nascimento.
k) Prevenir a violência dentro de casa. A violência dentro de casa se transformou em problema de saúde. A partir dos 4 anos de idade, os acidentes e a violência são as principais causas de mortes das crianças e jovens. No mundo inteiro a violência contra crianças e adolescentes é cada vez mais conhecida e divulgada. Muitas vezes ela é praticada pelos próprios pais ou responsáveis. Acontece nas famílias pobres e ricas. As principais causas da violência são: o abuso do poder do mais forte contra o mais fraco, a reprodução da violência, ou seja, pais que quando crianças também foram maltratados, a situação da família como desemprego, álcool, drogas e falta de dinheiro.
4. METODOLOGIA
A metodologia de trabalho é acompanhar gestantes e crianças menores de 6 anos que moram nas comunidades pobres, especialmente, nas periferias das grandes cidades e nos pequenos e médios municípios brasileiros, tanto no meio urbano e rural, quanto em áreas indígenas. A Pastoral da Criança socializa conhecimentos sobre saúde, nutrição, educação e cidadania e amplia os laços de solidariedade, fortalecendo a rede de voluntários que promove o auto-desenvolvimento das famílias carentes. Esta metodologia conta com três grandes momentos para o intercâmbio de informação que ajuda o fortalecimento da solidariedade:
a) Visitas domiciliares mensais às famílias acompanhadas realizadas pelos líderes comunitários, que moram na própria comunidade;
b) Celebração da Vida, que acontece uma vez ao mês, quando cada comunidade se reúne para pesar as suas crianças; esse dia se traduz no fortalecimento dos laços comunitários e na busca de soluções conjuntas;
c) Reunião mensal que envolve todos os líderes de uma mesma comunidade para refletir e avaliar o trabalho realizado no mês anterior, os resultados e desafios a serem superados.
5. ESTRATÉGIA DE ATUAÇÃO
O início da Pastoral da Criança nas comunidades se dá pelas ações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania.
Para multiplicar o saber e a solidariedade, a Pastoral da Criança é iniciada na comunidade com a capacitação de líderes comunitários. Esta capacitação tem como instrumento principal o Guia do Líder da Pastoral da criança. No Guia do Líder está reforçada toda a missão da Pastoral da Criança e as três principais atividades do líder.
Os líderes da Pastoral da Criança, com apoio dos demais voluntários, atuam na sua própria comunidade. Por viver no mesmo local, o líder conhece bem a família e as condições em que ela vive e, junto com ela, busca maneiras de melhorar a realidade.
O líder também orienta as famílias sobre os seus direitos e deveres e contribui para prevenir a violência doméstica, levando a mensagem da paz, do amor e da solidariedade. As famílias acompanhadas se sentem amparadas e fortalecidas para buscar soluções para os problemas.
Nesta parceria também poderá ser utilizada o Projeto de Missionários Leigos ou religiosos como estratégia de atuação junto aos municípios. Os missionários implantam as ações da Pastoral da Criança nas comunidades mais necessitadas, dando prioridade à formação de líderes locais, que continuarão o trabalho após sua partida.
Os missionários que já atuam como líderes voluntários em suas comunidades, há pelo menos um ano, e que se dispõem a ficar onze meses nos municípios para os quais são destinados, com dedicação exclusiva, recebem uma formação suplementar para esta missão. Durante a execução do projeto, os líderes missionários são supervisionados por uma equipe, que os visitam “in loco” e realizam dois encontros para avaliar o andamento dos trabalhos e transmitem orientações complementares.
O desempenho dos líderes missionários é avaliado pelas capacitações realizadas junto aos líderes locais, número de gestantes e crianças acompanhadas e indicadores de desempenho. Faz parte do compromisso destes missionários deixar uma estrutura montada para dar continuidade aos trabalhos. Cada missionário, quando se apresenta para este trabalho, preenche uma ficha de cadastro, que é referendada pelo coordenador de setor e pelo coordenador de estado da Pastoral da Criança, ao qual pertence e participa de Encontro de Formação para missionários na cidade de Bacabal/MA, por 15 dias, em meados de julho de cada ano. Durante a missão eles realizam dois encontros para programação e avaliação dos trabalhos. No decorrer do ano recebem duas visitas de um membro da Equipe Missionária da Pastoral da Criança, para acompanhamento de suas atividades.
Atribuições dos missionários:
- formação de equipes de apoio e intervenção;
- acompanhamento e treinamento em serviço;
- consolidação e disseminação da informação;
- descentralização programada e gradual;
- priorização das temáticas locais;
- atividades de capacitação e troca de experiência entre as equipes locais;
- acompanhamento das comunidades e de líderes;
- manutenção de uma estrutura permanente de apoio e acompanhamento.
6. RESULTADOS E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Acompanhamento de Líderes e Equipes Locais de Capacitação
- Vigilância Nutricional das crianças de zero a seis anos cadastradas pela Pastoral da Criança no município;
- Coleta mensal, conferência e análise preliminar dos dados, estudo e análise da intervenção;
- Cadastramento de crianças de zero a seis anos acompanhadas pela Pastoral da Criança no município;
- Cadastramento de gestantes com a finalidade de serem acompanhadas pela Pastoral da Criança no Estado;
- Visita domiciliar mensal as crianças de zero a seis anos acompanhadas pela Pastoral da Criança no Estado;
- Visita domiciliar mensal as gestantes acompanhadas pela Pastoral da Criança no Estado;
Produção de indicadores de saúde da comunidade e Acompanhamento de Líderes, equipes de capacitação e equipes de coordenação local
A Pastoral da Criança se compromete a apresentar o Relatório Trimestral com a Situação de Abrangência e indicadores de resultado da Pastoral da Criança nos municípios que abrangem a Estrada de Ferro Vitória Minas – (EFVM) conforme relação anexa.
Este relatório é fruto do trabalho desenvolvido pelos líderes que acompanham o desenvolvimento das gestantes e das crianças e anotam essas informações no Caderno do Líder. Essas informações são repassadas para o relatório mensal, chamado FABS – Folha de Acompanhamento e Avaliação Mensal das Ações Básicas de Saúde e Educação na Comunidade, que é enviado à Coordenação Nacional, em Curitiba, Paraná. A FABS é a ferramenta onde estão registrados os 30 indicadores e na Reunião Mensal Comunitária para avaliação e reflexão, os líderes reúnem-se para estudá-la. Com este estudo fica mais fácil saber como está a saúde das crianças e gestantes acompanhadas, como estão crescendo e se desenvolvendo as crianças, o que está indo bem e quais ações precisam ser fortalecidas, bem como os resultados alcançados. São também estudadas estratégias para suprir as dificuldades.
Os indicadores de gestantes estão relacionados nas perguntas de 19 a 26 das FABS e mostram o mês da gestação, se a gestante está fazendo o pré-natal, se tomou vacina contra tétano, se teve a medida da altura uterina realizada e como está a anotação no gráfico.
Os indicadores de acompanhamento da criança estão descritos nas perguntas de 1 a 18 e de 27 a 30 e tratam do crescimento, do desenvolvimento da criança e mostram se a criança está tendo, na família e na comunidade, as oportunidades para aprender e se desenvolver com a garantia dos direitos básicos da cidadania.
O critério para avaliação dos resultados levará em conta esses dados coletados pelos líderes comunitários, repassados para a FABS e processados pelo Sistema de Informações da Pastoral da Criança, com as seguintes fórmulas de cálculo:
6.1. Capacitação de líderes: número de líderes formadas.
6.2. Acompanhamento de líderes e equipes locais de capacitação:
6.2.1 Porcentagem de pesagem das crianças de zero a seis anos = crianças pesadas no mês x 100/ número de crianças de 0 a 6 anos cadastradas;
6.2.2 Proporção de comunidades visitadas pela comunidade paroquial = número de comunidades visitadas dividido pelo total de comunidades;
6.2.3 Proporção de envio de FABS = número de FABS enviadas dividido pelo total de comunidades;
6.3. Acompanhamento de famílias:
6.3.1 Número de cadastramentos de crianças de zero a seis anos acompanhadas pela Pastoral da Criança no estado;
6.3.2 Número de cadastramentos de gestantes acompanhadas pela Pastoral da Criança;
6.3.3 Porcentagem de visita domiciliar mensal a crianças de zero a seis anos: crianças de zero a seis anos incompletos visitadas no mês x 100 / número de crianças de 0 a 6 anos cadastradas;
6.3.4 Porcentagem de visita domiciliar mensal a gestantes: gestantes visitadas pelo líder no mês x 100 / número de gestantes cadastradas;
6.4. Produção de indicadores de saúde da comunidade e acompanhamento de líderes, equipes de capacitação, equipes de coordenação paroquial e comunitária:
6.4.1 Porcentagem de gestantes com vacina em dia = gestantes com a vacina contra o tétano em dia x 100 / gestantes cadastradas pelo líder;
6.4.2 Porcentagem de gestantes com altura uterina medida na consulta de pré-natal;
6.4.3 Porcentagem de crianças nascidas com baixo peso = crianças que nasceram com menos de 2500 gramas x 100 / crianças que nasceram no mês;
6.4.4 Porcentagem de crianças que mamam só no peito = crianças que completam 4 meses e estão mamando só no peito x 100 / crianças que, no mês, completam 6 meses;
6.4.5 Porcentagem de crianças desnutridas = crianças desnutridas abaixo do desvio padrão(<-2dp)
6.4.6 Porcentagem de crianças com sobrepeso ou obesidade (>+2dp)
6.4.7 Porcentagem de crianças com diarreia no mês = crianças que tiveram diarreia no mês x 100 / crianças de 0 a 6 anos incompletos cadastradas pelo líder;
6.4.8 Porcentagem de crianças que tomaram soro oral por diarreia = crianças que tiveram diarreia, tomaram soro e a mãe insistiu com a alimentação durante a diarreia x 100 / crianças que tiveram diarreia no mês;
6.4.9 Porcentagem de crianças com vacinas completas para a idade = crianças com vacinas completas para a idade x 100 / crianças de 0 a 6 anos incompletos cadastradas pelo líder;
6.4.10 Porcentagem de crianças acompanhadas em indicadores de oportunidade e conquista = crianças que foram acompanhadas nos indicadores de oportunidade e conquista x 100 / crianças de 0 a 6 anos incompletos cadastradas pelo líder;
6.4.11 Porcentagem de crianças em situação de desfavorável para o desenvolvimento = (nenhum indicador foi alcançado) x 100/ crianças que foram acompanhadas nos indicadores de oportunidade e conquista;
6.4.12 Mortes de crianças menores de 1 ano: crianças que morreram no mês, menores de 1 ano;
6.4.13 Mortes de crianças de 1 a 6 anos: crianças que morreram no mês, de 1 a 6 anos incompletos, serão apresentados Relatórios Trimestrais com a Situação de Abrangência da Pastoral da Criança.
7 – PREVISÃO DE RECEITAS E DESPESAS
Meta |
Total Geral |
Implantação, consolidação e acompanhamento das ações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania e aquisição de camisetas junto às comunidades dos municípios relacionados abaixo. (1) memória de calculo anexo |
R$ 410.000,00 |