Relatório Anual Articulador 2010: mudanças entre as edições

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Edição atual tal como às 16h21min de 28 de novembro de 2017

Relatório Anual 2010 sobre Articuladores junto aos Conselhos Municipais de Saúde

A descrição desta ação você pode obter em Articuladores de Saúde.

Veja alguns casos e histórias desta ação.

Resultados

Os resultados da atuação dos Articuladores junto aos serviços e conselhos de saúde, alcançados em 2009 e 2010, refletem a sua capacidade dialogar com os conselheiros e gestores da saúde, prevenir a Mortalidade Infantil e fortalecer as ações intersetoriais com a participação da comunidade nas instâncias de controle social das políticas públicas.

1.Dialogar com os conselheiros e gestores da saúde

Uma criança com infecção respiratória aguda, medicada com antibiótico, deve receber a primeira dose do remédio na própria Unidade Básica de Saúde (UBS), conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde. A Pastoral da Criança apresentou a proposta de iniciar uma campanha sobre a primeira dose do antibiotico no Congresso de Secretarias Municipais de Saúde, em Gramado, RS, no dia 28 de maio de 2010. Esta iniciativa antecipou aos secretários de saúde e conselheiros do país a iniciativa de fomento ao acesso imediato do antibiotico que a Pastoral da Criança vai promover a partir de 2010. Além de mobilizar os Articuladores e os serviços de saúde com apoio do Ministério da Saúde, Conass (Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde) e Conasems (Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde, haverá divulgação da Campanha nos Meios de Comunicação. Os resultados esperados são:

  1. Ampliação em 50% o percentual de UBS com antibiótico no dia da consulta
  2. Ampliação em 50% o percentual de crianças que recebem o antibiótico logo após a consulta
  3. Diminuição em 25% o percentual de internamentos de crianças menores de 5 anos por infecção respiratória.

Segundo dados de 2009 do Ministério da Saúde, no Brasil do total de 43.638 mortes de crianças menores de 1 ano, 3,5% (1.567) foram por Pneumonia, e do total de 7.488 mortes de crianças entre 1 e 4 anos, 10,5% (786) foram por pneumonia. Percentualmente a morte de pneumonia é maior na faixa etária de 1 a 4 anos, mas em numeros absolutos morre o dobro de crianças menores de um ano. A Pneumonia foi a causa de 354.292 internamentos de crianças nestas duas faixas etárias no ano de 2009. (MS/SVS/DASIS - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM, situação da base de dados nacional em 14/12/2009)

2. Prevenir a Mortalidade Infantil e fortalecer as ações intersetoriais com a participação da comunidade nas instâncias de controle social das políticas públicas

A Folha de Acompanhamento do Conselho de Saúde (FAC - Saúde) tem como indicadores a frequencia de reuniões do Conselho de Saúde, a Mortalidade Infantil do município e a oferta da primeira dose de antibiótico para criança na Unidade Básica de Saúde (UBS). O programa conta com capacitadores em cada estado do país. Os Articuladores dos municípios são capacitados por meio de oficinas de 16 horas.

Em 2009, 1.468 articuladores preencheram a FAC - Saúde. A média mensal de mortes de crianças menores de um ano foi 186, em 1.186 municípios. Desse total, 18,9% das crianças eram acompanhadas pela Pastoral da Criança. Destaca-se que 62,3% das crianças que morreram foram atendidas pelo menos uma vez nos Serviços de Saúde. Das que foram atendidas, 84% passaram por hospitais de referência e maternidades. Somente 22,2% das mortes foi debatida posteriormente no Conselho Municipal de Saúde. O resultado da coleta de informações nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) mostra que 76% das 1.273 UBS tinham antibiotico em estoque no dia da visita, mas 39% dão a primeira dose do antibiotico para a criança na propria UBS, conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde. Em muitos municípios, depois da consulta a mãe precisou buscar os medicamentos receitados em uma Unidade Central, desperdiçando horas de tratamento que podem significar um internamento hospitalar evitável e, o que é pior, a morte da criança. Alguns municípios centralizam a distribuição de medicamentos, porque não conseguem ter farmacêuticos nos postos de saúde.

3. Relatorio 2009

Em 2009, 1.147 Articuladores informaram que 67% dos conselhos se reunem mensalmente, e 73% dos Articuladores participam dessas reuniões.

Mapa antibiotico articuladores.gif

A média mensal de mortes de crianças menores de um ano foi 187, em 1.186 municípios. Desse total, 19% das crianças eram acompanhadas pela Pastoral da Criança. Destaca-se que 62% das crianças que morreram foram atendidas pelo menos uma vez nos Serviços de Saúde. Das que foram atendidas, 84% passaram por hospitais de referência e maternidades. Somente 22% das mortes foi debatida posteriormente no Conselho Municipal de Saúde. Fonte: dados do Sistema de Informações da Pastoral da Criança em 01/10/2010

Outras informações sobre a participação e controle social estão disponíveis na pagina da REBIDIA - Rede Brasileira de Informação e Documentação sobre Infância e Adolescência (www.rebidia.org.br), que integra a área de Políticas Públicas da Pastoral da Criança. Além da triagem e a disseminação estratégica de informações sobre a criança e o adolescente no Brasil, a REBIDIA promove a utilização destas informações como instrumento de melhoria da qualidade de vida da infância brasileira.